Embaixador de Guaidó nos EUA controlará aditância militar venezuelana
Washington, 18 mar (EFE).- Carlos Vecchio, o representante diplomático de Juan Guaidó nos Estados Unidos, assumirá nesta segunda-feira o controle do edifício da aditância militar da Venezuela em Washington, mas ainda não ocupou a embaixada, indicaram à Agência Efe duas fontes diplomáticas.
Vecchio tornará oficial o anúncio nesta tarde em entrevista coletiva convocada para as 14h locais (15h em Brasília) diante do edifício da aditância militar na capital americana.
Os enviados de Guaidó assumirão o imóvel depois que o coronel José Luis Silva anunciou em janeiro que, como adido militar da embaixada da Venezuela, tinha decidido jurar lealdade a Guaidó como presidente interino venezuelano e romper fileiras com o governante Nicolás Maduro.
Na época, em entrevista à Efe, Silva disse que ele ainda se considerava "o adido de defesa da Venezuela" e que responderia às ordens de Guaidó e de Vecchio, que deu as boas-vindas ao coronel e lhe comunicou que poderia fazer parte de sua equipe diplomática em Washington.
Os EUA reconheceram em janeiro Vecchio como "embaixador" da Venezuela e, quase imediatamente, o venezuelano criou um equipe diplomática integrada, entre outros, por Gustavo Marcano, que cumpre as funções de ministro conselheiro nos EUA e foi prefeito do município Diego Bautista Urbaneja, situado em Lechería, no estado de Anzoátegui, no leste da Venezuela.
Vecchio, um dos dirigentes mais experientes e representativos do partido opositor Vontade Popular, tomou diferentes ações para fortalecer Guaidó: desde uma conferência para arrecadar fundos para a Venezuela até reuniões com os diretores da Citgo, a filial da companhia petrolífera estatal venezuelana, PDVSA, nos Estados Unidos.
Os EUA foram o primeiro país do mundo a reconhecer Guaidó como presidente interino da Venezuela. O político, que preside a Assembleia Nacional (parlamento) venezuelana, invocou em 23 de janeiro artigos da Constituição para reivindicar a presidência, pois, na sua opinião, ela está sendo "usurpada" por Maduro.
O governante venezuelano está no poder desde 2013 e voltou a tomar posse do cargo em 10 de janeiro após vencer as eleições realizadas em maio, que foram questionadas por parte da comunidade internacional.
Depois que os EUA reconheceram Guaidó, Maduro cortou relações diplomáticas com Washington e ordenou a saída de todo o seu pessoal diplomático em território americano.
Os EUA disseram então que não retirariam seus funcionários da Venezuela porque não reconheciam a autoridade de Maduro. No entanto, na semana passada, o governo americano acabou ordenando a saída dos diplomatas que seguiam em Caracas devido à "deterioração" da situação no país sul-americano. EFE
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