Putin chega à Crimeia para celebrar aniversário de reunificação com a Rússia
Moscou, 18 mar (EFE).- O presidente da Rússia, Vladimir Putin, chega nesta segunda-feira à Crimeia para comemorar o quinto aniversário de reunificação da península com seu país, que é considerada uma anexação pela Ucrânia e pela maior parte da comunidade internacional.
Putin, que já esteve na Crimeia em várias ocasiões, inaugurará duas usinas termelétricas e uma subestação de energia elétrica na península, informou o Kremlin.
Segundo o porta-voz presidencial, Dmitri Peskov, a entrada em funcionamento dessas centrais simboliza a plena autonomia energética do território, que está unido ao restante do continente russo por uma ponte inaugurada por Putin em maio de 2018.
Além disso, o presidente russo também visitará o porto de Sebastopol, sede da frota russa do Mar Negro, e um memorial dedicado à defesa da península durante a Guerra da Crimeia e a Segunda Guerra Mundial.
De acordo com pesquisas recentes, 89% dos crimeanos apoiam a reunificação, enquanto esse percentual é de 88% entre os russos.
A minoria tártara da Crimeia, que representa pouco mais de 10% da população peninsular, rejeita o que eles consideram "ocupação" russa e conservam os passaportes ucranianos.
Os crimeanos celebraram no sábado o quinto aniversário do referendo no qual mais de 95% dos moradores da região que era controlada pela Ucrânia se manifestaram em favor do rompimento dos laços com Kiev.
Dois dias depois, em 18 de março de 2014, Putin e os líderes da Crimeia e Sebastopol assinavam no Kremlin os tratados de incorporação desses territórios à Federação da Rússia.
O líder crimeano, Sergei Axionov, reconheceu hoje que ele e seus partidários estiveram vários anos preparando o retorno à Rússia.
O presidente ucraniano, Petro Poroshenko, que está em plena campanha eleitoral, garantiu por sua vez que "a Crimeia será devolvida à Ucrânia".
"A Ucrânia não cede a qualquer negociação, a qualquer acordo secreto. Faremos o possível para que isso aconteça o mais rápido possível, imediatamente depois das eleições presidenciais", disse o líder ucraniano.
Poroshenko contou desde o princípio com o apoio de Ocidente, que impôs sanções a Moscou pouco depois da anexação.
A alta representante da UE para Política Externa e Segurança, Federica Mogherini, reiterou no domingo o "não reconhecimento" de Bruxelas à anexação russa, que qualificou de "desafio direto à segurança internacional".
No fim de fevereiro, o secretário de Estado americano, Mike Pompeo, garantiu que "a Crimeia é a Ucrânia" e deve ser devolvida pela Rússia. EFE
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.