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Raúl Castro recebe Cristina Kirchner em Cuba para tratamento de sua filha

19/03/2019 22h39

Havana, 19 mar (EFE).- O ex-presidente cubano Raúl Castro se reuniu com a ex-governante argentina Cristina Kirchner durante a visita da atual senadora a Cuba para acompanhar sua filha, Florencia Kirchner, que recebe tratamento médico na ilha, informou o chanceler cubano, Bruno Rodríguez.

Rodríguez escreveu no Twitter sobre o encontro, que aconteceu na tarde desta segunda-feira, sem publicar imagens nem oferecer detalhes da conversa entre Cristina e Castro, que se mantém como líder do governante Partido Comunista de Cuba após deixar a presidência da ilha em abril do ano passado.

O ministro das Relações Exteriores cubano foi também quem confirmou, pela mesma rede social, a chegada a Havana na quinta-feira passada da ex-governante argentina (2007-2015), que realiza uma "visita privada" ao país caribenho, segundo especificou Rodríguez.

Posteriormente, o chanceler revelou em outro tweet que Cristina também se reuniu com o presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, no cargo desde abril do ano passado em substituição de Raúl Castro.

No encontro o líder cubano e a ex-presidente argentina abordaram "os mais recentes eventos na região e concordaram na necessidade de preservar a paz na nossa América", escreveu o titular de Relações Exteriores cubano, sem oferecer mais detalhes.

Antes de viajar para Havana, Cristina reconheceu que sua filha Florencia sofre há algum tempo com "severos problemas de saúde" provocados pela "perseguição feroz à qual foi submetida".

"O brutal estresse que sofreu devastou seu corpo e sua saúde", declarou Cristina em um vídeo divulgado nas redes sociais na semana passada, no qual relatou que a jovem viajou para Cuba em dezembro do ano passado para participar do Festival Internacional de Cinema, momento no qual aproveitou para fazer uma consulta médica.

Cristina explicou que sua filha retornou à Argentina e depois, em fevereiro, voltou a Cuba para continuar um curso de roteiristas, que não pôde iniciar porque seu estado de saúde se deteriorou "sensivelmente".

"Ela foi proibida de viajar de avião por enquanto, já que pela patologia que padece não pode permanecer sentada nem de pé por períodos prolongados de tempo", detalhou a senadora argentina.

Florencia, de 29 anos, foi indiciada junto com seu irmão Máximo e sua mãe, entre outros, em uma causa de lavagem de dinheiro e formação de quadrilha pelas operações que uma das empresas da família realizou com adjudicatários de obra pública durante o governo de Cristina Kirchner. EFE