Trump receberá governantes de países do Caribe para falar da Venezuela
Washington, 19 mar (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, receberá nesta sexta-feira em Mar-a-Lago, sua mansão na Flórida, os governantes de cinco países caribenhos com os quais abordará, entre outros temas, a crise na Venezuela, segundo informou nesta terça-feira a Casa Branca.
Trump, que receberá as lideranças de Bahamas, Santa Lúcia, Jamaica, Haiti e República Dominicana, "utilizará esta reunião como uma oportunidade para agradecer a estes países por seu apoio à paz e à democracia na Venezuela".
A Venezuela teve certa influência política sobre estes países na última década através da aliança Petrocaribe, por meio da qual os cinco recebem petróleo venezuelano em condições vantajosas.
Bahamas, Haiti e República Dominicana, no entanto, fazem parte dos cerca de 50 países no mundo que, liderados pelos EUA, reconheceram o líder opositor venezuelano Juan Guaidó como presidente em exercício da Venezuela.
Santa Lúcia e Jamaica, por sua vez, defendem o princípio de não interferência na Venezuela, razão pela qual seguem reconhecendo o governo de Nicolás Maduro.
Além de falar sobre a crise na Venezuela, Trump também quer "fortalecer a cooperação em segurança e enfrentar as práticas econômicas depredadoras da China".
Além disso, o presidente falará sobre "oportunidades potenciais de investimento energético" nestes países, um dos pilares da política externa americana na era Trump.
A reunião acontecerá poucos dias depois da visita de hoje do presidente Jair Bolsonaro à Casa Branca, com a Venezuela centrando parte da conversa.
O encontro entre os dois começou com uma contundente afirmação de Trump: "Acredito que posso falar por ambos países quando digo que todas as opções estão sobre a mesa".
Essa referência à via militar contradisse o vice-presidente Hamilton Mourão, que em fevereiro disse que esta "nunca foi uma opção" para o governo brasileiro.
No entanto, Bolsonaro não descartou uma possível cooperação brasileira em uma hipotética intervenção militar americana na Venezuela, ao negar-se a responder uma pergunta a respeito.
"Há certas questões que, se você divulgar, deixam de ser estratégicas. Tudo que for definido aqui será honrado, mas de algumas possibilidades não se fala em público", despistou Bolsonaro. EFE
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