Cirurgias de aumento peniano viram tendência na China
Javier Castro Bugarín.
Pequim, 21 mar (EFE).- Com o consolidado desenvolvimento econômico, cada vez mais chineses - de todas as idade e diversas classes sociais - investem em cirurgias íntimas, como a de aumento peniano, para deixar complexos para trás e melhorar a autoestima.
"Recentemente operei um senhor de 76 anos que tinha começado a namorar uma mulher mais jovem e queria agradá-la", disse o médico Tian Long, do Departamento de Urologia do Hospital de Chaoyang, em Pequim, e que fez centenas de procedimentos do tipo apenas no ano passado.
Nos últimos anos, fatores como o progresso econômico, os avanços da medicina e o aumento no número de hospitais privados levaram a uma procura sem precedentes por esse tipo de intervenção no país.
Segundo Tian, hoje a China já superou o Brasil como a primeira potência mundial em estética masculina, com mais de 10 mil procedimentos ao ano, praticamente o dobro da década passada.
"A sociedade chinesa é muito mais aberta agora, e os homens já não sentem vergonha em fazer este tipo de operação", disse o médico.
De acordo com Zhang Zhichao, da Universidade de Pequim, os principais motivos para os chineses procurarem a cirurgia íntima são complexos derivados de um tamanho inferior ao desejado, o fenômeno do pênis embutido e traumas associados a problemas como a disfunção erétil e a ejaculação precoce.
"A cirurgia plástica restaura a aparência através do alongamento, engrossamento ou correção da curvatura, e a recuperação dura apenas uma semana. Um mês depois, o paciente já pode ter relações sexuais", explicou Zhang.
As cirurgias podem durar minutos, como é o caso da circuncisão - a operação mais comum -, ou até dez horas, quando o caso é uma reconstrução completa. Os alongamentos e engrossamentos costumam levar duas horas.
A pressão social e o crescente número de clínicas, porém, disparou a procura de pessoas que não precisam deste tipo de cirurgia, cujo custo é de cerca de 15 mil iuanes (R$ 8.600).
"Apenas pacientes com pênis pequeno congênito, má-formação genital, traumas e doenças podem fazer essas operações", esclareceu Zhang.
Para ajudar nesse controle, o Hospital de Chaoyang criou um comitê de gestão de saúde encarregado de fixar limites para cada operação e que dá "especial atenção" para a supervisão dos hospitais particulares.
Segundo Zhang, muitos chineses confundem a cirurgia estética, voltada para melhorar o desempenho sexual, com aqueles tratamentos dedicados a tratar a impotência ou a ejaculação precoce.
"Antes de fazer a cirurgia, o paciente deve ser bem claro sobre qual é o seu objetivo. A cirurgia plástica não pode tratar disfunção erétil", ressaltou Zhang, acrescentando que é fundamental o interessado fazer uma avaliação psicológica para determinar se é ou não preciso passar por uma operação com essas caraterísticas.
Zhang, no entanto, disse acreditar que a procura por cirurgias penianas aumentará, "porque todo mundo gosta de beleza".
Tian, que no ano passado organizou um seminário para treinar médicos sobre como proceder nestas operações estéticas, concordou.
"Com estes seminários tentamos mostrar que os cirurgiões devem dominar a tecnologia, mas também as habilidades necessárias para operar com garantias", destacou. EFE
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