Trump diz que EUA devem reconhecer soberania de Israel sobre Colinas de Golã
Washington, 21 mar (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta quinta-feira que os Estados Unidos devem reconhecer a "plena soberania" de Israel sobre as Colinas de Golã, área que está sob ocupação militar israelense desde a Guerra dos Seis Dias, de 1967.
"Depois de 52 anos, chegou a hora de os Estados Unidos reconhecerem a plena soberania de Israel sobre as Colinas de Golã, que são de uma importância crucial do ponto de vista estratégico e de segurança para Israel e para a estabilidade regional", disse Trump no Twitter.
O posicionamento do presidente dos EUA sobre esse território que fica na fronteira entre Israel, Síria, Líbano e Jordânia foi anunciado às vésperas da visita do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, a Washington, prevista para o próximo dia 25.
"Em um momento no qual o Irã procura utilizar a Síria como plataforma para destruir Israel, @POTUS Trump valentemente reconhece a soberania israelense nas Colinas de Golã. Obrigado, presidente Trump!", respondeu Netanyahu a Trump na mesma rede social.
Vários veículos de imprensa israelenses destacaram hoje a notícia de que os EUA poderiam anunciar na próxima semana o reconhecimento do território sírio ocupado das Colinas de Golã como parte de Israel, citando fontes oficiais em Jerusalém e Washington não reveladas.
Caso o reconhecimento seja feito, representaria um forte respaldo político para Netanyahu, que reivindica há muito tempo à comunidade internacional esta medida e que visitou a região neste mês acompanhado pelo senador republicano Lindsey Graham (da Carolina do Sul) e com o embaixador David Friedman.
Em recente relatório anual sobre os direitos humanos, o Departamento de Estado dos EUA deixou pela primeira vez de usar a frase "ocupadas por Israel" para definir as Colinas de Golã, trocando-a por "controladas por Israel".
Esta posição é considerada por alguns analistas políticos como sinal de apoio ao primeiro-ministro israelense - que está em plena campanha para as eleições de 9 de abril - e em um momento no qual a Casa Branca finaliza a preparação de um plano de paz para a região.
Trump se reunirá na próxima segunda-feira com Netanyahu e no dia seguinte jantará com o premiê, conforme informou a Casa Branca, que também disse que os dois conversarão "sobre os interesses comuns dos dois países e suas ações no Oriente Médio durante o encontro de trabalho". EFE
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