EUA sancionam bancos venezuelanos e filiais no Uruguai e na Bolívia
Washington, 22 mar (EFE).- O Departamento do Tesouro dos Estados Unidos sancionou nesta sexta-feira o Banco Nacional de Desenvolvimento da Venezuela (Bandes) e suas filiais no Uruguai e na Bolívia, assim como o Banco da Venezuela e o Banco Bicentenário.
Segundo um comunicado, a decisão foi adotada "em resposta à detenção ilegal" de Roberto Marrero, chefe de escritório do líder opositor venezuelano Juan Guaidó, que se proclamou como presidente em exercício do país em janeiro e é respaldado pelos Estados Unidos e outros 50 países.
A medida afeta também as filiais Bandes Uruguai e o Banco Prodem da Bolívia.
Da mesmo forma, a medida abrange o Banco Bicentenário do Povo, da Classe Operária, Mulher e Comunas, e o Banco da Venezuela, duas das principais entidades do sistema financeiro venezuelano.
O Bandes, segundo o Departamento do Tesouro, "possui ou controla" essas quatro entidades financeiras.
Citado no comunicado, o secretário do Tesouro, Steven T. Mnuchin, assegurou que o presidente Nicolás Maduro e seus facilitadores distorceram "o propósito original do banco, que foi fundado para ajudar o bem-estar econômico e social do povo venezuelano".
"O uso contínuo do regime de sequestros, torturas e assassinatos de cidadãos venezuelanos não será tolerado pelos Estados Unidos nem pela coalizão que se une por trás do presidente Guaidó. Roberto Marrero e outros presos políticos devem ser libertados imediatamente", acrescentou Mnuchin.
Marrero foi detido na madrugada da quinta-feira quando o Serviço de Inteligência (Sebin) efetuou uma batida em sua casa e, posteriormente, o governo de Nicolás Maduro lhe acusou de liderar uma célula terrorista que planejava realizar ataques seletivos para criar "caos" no país.
A esse respeito, a porta-voz da Casa Branca, Sarah Sanders, afirmou que o presidente americano, Donald Trump, "está comprometido" em evitar que Maduro e seu regime "sigam roubando os recursos e a riqueza da Venezuela para seu benefício pessoal, enquanto o povo da Venezuela sofre com falta de alimentos, remédios e energia e água confiável".
"Os Estados Unidos não tolerarão a detenção de atores democráticos pacíficos, incluindo os membros da Assembleia Nacional da Venezuela eleitos democraticamente e os venezuelanos que trabalham com o presidente interino (Guaidó)", acrescentou Sanders em outro comunicado.
Sanders apontou que os bancos sancionados são "utilizados por Maduro e seu regime como fundos para evitar as sanções dos Estados Unidos e movimentar dinheiro fora da Venezuela".
Além disso, advertiu que os EUA continuarão "tomando medidas para pressionar" Maduro e quem o apoia "até que saiam do caminho e permitam que ocorra uma transição democrática".
No último mês de fevereiro, Guaidó pediu ao Uruguai que não permitisse a transferência de US$ 1 bilhão que, segundo garantiu, o governo de Maduro tentava fazer do Bandes a esse país.
Nesta sexta-feira, quatro advogados solicitaram à Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) medidas cautelares de proteção para Marrero, diante do temor que sua integridade esteja em perigo. EFE
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