Sobrevivente de massacre em escola na Flórida morre em suposto suicídio
Miami, 24 mar (EFE).- Um estudante da escola de ensino médio Marjory Stoneman Douglas, no estado americano da Flórida, onde há mais de um ano 17 pessoas foram assassinadas em um tiroteio, morreu em um suposto suicídio, o segundo caso envolvendo alunos da mesma instituição em uma semana, informou neste domingo a polícia da cidade de Coral Springs.
De acordo com as autoridades, a pessoa, cujo gênero, idade e nome não foram divulgados, tirou a própria vida na noite de sábado em circunstâncias que ainda estão sendo investigadas, mas tudo indica que se tratou de um "aparente suicídio".
Ryan Petty, pai de Alaina Petty, uma adolescente de 14 anos que morreu no massacre ocorrido em 14 de fevereiro de 2018, afirmou ao jornal "Miami Herald" que o suposto novo caso de suicídio aconteceu com um tiro na cabeça.
O incidente ocorre quase uma semana depois da morte de Sydney Aiello, outra sobrevivente do massacre cometido por Nikolas Cruz, ex-aluno que entrou na escola armado com um fuzil semiautomático e matou 14 estudantes e três funcionários.
Segundo o Instituto Médico Legal do Condado Broward, no sudeste da Flórida, Aiello, de 19 anos, morreu no domingo passado como consequência de um disparo na cabeça.
Graduada da escola no ano passado e estudante da Florida Atlantic University, Aiello esteve na escola no dia do massacre, mas não no local onde ocorreu o tiroteiro que causou a morte de uma de suas melhores amigas, Meadow Pollack.
Em entrevista à emissora "CNN", a mãe de Aiello, Cara, afirmou que após o tiroteio Aiello foi diagnosticada com estresse pós-traumático e síndrome de "culpa do sobrevivente".
"A morte de Sydney Aiello é trágica, impactante e dilaceradora, e certamente, pelo menos em uma significativa parte, resultado do efeito dominó do tiroteio", declarou a família em comunicado.
Conhecida a informação da morte de outro sobrevivente em menos de uma semana, o ex-estudante da escola David Hogg, que após o massacre se tornou uma das vozes mais reconhecidas do movimento por um maior controle de armas, lamentou o fato.
"Quantas crianças mais devem ser tiradas de nós como resultado de um suicídio para que o governo faça algo?", escreveu Hogg no Twitter na manhã deste domingo. EFE
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