Trump diz que conclusões de relatório representam sua "total inocência"
Washington, 24 mar (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou neste domingo que as conclusões incluídas no relatório final que o procurador especial Robert Mueller entregou ao Departamento de Justiça representam a sua "completa e total inocência".
Em breves declarações aos jornalistas pouco antes de pegar um voo rumo a Washington no Aeroporto Internacional de Palm Beach, no sul da Flórida, Trump disse que as alegações de uma suposta conspiração da sua campanha eleitoral com a Rússia foi "a coisa mais ridícula".
"Depois de uma longa análise, depois de uma longa investigação, depois de tantas pessoas terem sido lastimadas, depois de não olhar para o outro lado, onde ocorreram muitas coisas ruins, acaba de anunciar que não houve conluio com a Rússia", comentou o presidente.
"É uma pena que o nosso país tenha tido que passar por isto. Para ser honesto, é uma pena que o presidente tenha tido que passar por isto. É uma completa e total inocência", frisou, em declarações com as quais rompeu o silêncio que manteve desde a sexta-feira, dia em que foi anunciado o término da investigação, que durou quase dois anos.
A investigação de Mueller não encontrou provas que incriminem Trump, nem por ter conspirado com a Rússia nas eleições de 2016 nem por ter obstruído a justiça, mas deixou aberta a possibilidade desta última acusação.
"A investigação do procurador especial não detectou que a campanha de Trump ou alguma das pessoas relacionadas a ela conspirou ou coordenou com a Rússia esforços para influenciar nas eleições presidenciais dos EUA de 2016", escreveu o procurador-geral dos EUA, William Barr, em carta enviada neste domingo à Câmara dos Representantes e ao Senado.
De acordo com Barr, Mueller indicou que "embora este relatório conclua que o presidente (Trump) não cometeu um crime, tampouco o inocenta". Dessa forma, o documento divulgado neste domingo deixa "sem definir se as ações e a intenção do presidente podem ser vistas como uma obstrução" à Justiça.
Barr argumentou que ele e o procurador-geral adjunto, Rod Rosenstein, concluíram que o material reunido por Mueller "não é suficiente para estabelecer se o presidente cometeu obstrução da justiça".
Por causa desta investigação, 34 pessoas foram acusadas, incluindo seis ex-assessores de Trump (Paul Manafort, Rick Gates, George Papadopoulos, Michael Cohen, Michael Flynn e Roger Stone) e 26 russos que provavelmente não serão julgados porque os Estados Unidos não têm acordo de extradição com a Rússia.
O relatório de Mueller não inclui novas acusações e descarta a possibilidade de Trump ficar sujeito a uma acusação revelada quando deixar a presidência, mas é possível que o conteúdo do documento derive em acusações apresentadas pelas procuradorias de outros estados. EFE
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