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Após apagão, chavismo denuncia novo ataque à rede elétrica da Venezuela

25/03/2019 18h42

Caracas, 25 mar (EFE).- O governo de Nicolás Maduro afirmou que o blecaute que atingiu boa parte da Venezuela nesta segunda-feira, incluindo várias regiões de Caracas, foi provocado por um novo ataque à rede elétrica, já contido pelos sistemas de proteção.

O ministro de Comunicação da Venezuela, Jorge Rodríguez, disse que o ataque tinha como objetivo paralisar o funconamento da usina de Guri, responsável por atender 70% da população do país.

"Todos os mecanismos implementados pelo presidente Maduro depois do brutal ataque cometido pela extrema direita no último dia 7 de março permitiu que, em tempo recorde, tivesse início um processo de recuperação quase total do sistema elétrico", disse o ministro.

Veículos da imprensa local relataram que o fornecimento de energia está voltando em diferentes partes do país. No entanto, partes de Caracas e alguns estados ainda estão no escuro.

O novo apagão ocorre três semanas depois de um blecaute que deixou quase todo o país sem luz por quase cinco dias, o mais grave já registrado na história da Venezuela.

"O que levou cinco ou seis dias depois daquele ataque brutal, hoje em poucas horas conseguimos resolver", disse o ministro.

Rodríguez acusou a oposição de ser responsável pelo novo problema elétrico, afirmando que os críticos do chavismo tentam "afundar a população em situações de desgosto para assumir o poder".

O deputado opositor Carlos Valero disse no Twitter que, além de Caracas, os estados de Aragua, Delta Amacuro, Lara, Zulia, Monagas, Bolívar, Portuguesa, Yaracuy, Anzoátegui, Mérida, Táchira, Nova Esparta, Carabobo e Miranda sofreram cortes na energia.

Milhares de moradores de Caracas tiveram que voltar para casa a pé. Praticamente toda atividade comercial foi interrompida.

Após o blecaute do último dia 7, o governo de Maduro afirmou que o problema ocorreu devido a uma sabotagem na sala de controle da usina hidrelétrica de Guri. O presidente venezuelano acusou os Estados Unidos e a oposição pelo ataque.

O chefe da Assembleia Nacional da Venezuela, Juan Guaidó, autoproclamado presidente interino do país, rebateu as acusações, afirmando que o blecaute foi provocado pela má gestão dos recursos destinados ao setor elétrico do país. EFE