Battisti reconhece ser responsável por 4 assassinatos cometidos na Itália
Roma, 25 mar (EFE).- Cesare Battisti, ex-integrante do já extinto grupo terrorista Proletários Armados pelo Comunismo (PAC) e extraditado à Itália em janeiro, reconheceu sua responsabilidade em quatro assassinatos cometidos nos anos 1970 na Itália, informou nesta segunda-feira o Ministério Público italiano.
Esta é a primeira vez que Battisti admite sua responsabilidade nos quatro assassinatos, cometidos entre 1977 e 1979 e pelos quais foi condenado à prisão perpétua na Itália, informou a imprensa local.
O procurador de Milão, Francesco Greco, explicou hoje em entrevista coletiva que Battisti foi interrogado durante o fim de semana na prisão de Oristano, na Sardenha, onde está recluso desde janeiro, quando foi detido na Bolívia e extraditado à Itália.
Durante o interrogatório, que durou nove horas entre sábado e domingo, Battisti reconheceu "ter participado diretamente de quatro homicídios, dos quais foi o executor material em dois", disse Greco.
Sua confissão "faz justiça às várias polêmicas que aconteceram ao longo dos anos, honra as forças da ordem e a magistratura de Milão e deixa claro que este grupo, o PAC, atuou de maneira brutal desde os anos 1970", acrescentou o procurador de Milão.
Battisti também pediu perdão às famílias das vítimas pela dor causada, algo que foi comemorado nesta segunda-feira pelo ministro do Interior da Itália, Matteo Salvini, que se referiu a ele como um "assassino comunista".
"Várias décadas depois, Battisti pede perdão. Espero que também peçam perdão os pseudointelectuais de esquerda que acobertaram e defenderam este personagem sórdido", disse Salvini em entrevista coletiva.
Battisti, de 64 anos, foi extraditado da Bolívia à Itália no último dia 14 de janeiro, um mês depois de ter fugido Brasil, onde vivia desde 2004, após refugiar-se na França e no México durante décadas. EFE
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