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May manifesta aos ministros determinação de conseguir acordo do "Brexit"

25/03/2019 12h02

Londres, 25 mar (EFE).- A primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, analisou nesta segunda-feira com seus ministros a última cúpula do Conselho Europeu e a determinação para que seu país saia da União Europeia (UE) com um acordo, informaram fontes oficiais.

Na reunião do governo realizada na residência de Downing Street, May e seu gabinete debateram sobre "a determinação de fazer o que for necessário para obter um acordo, a fim de que o Reino Unido possa sair da UE o mais rápido possível", afirmou um porta-voz da premiê.

Tanto ela como os seus ministros querem "respeitar a vontade do povo britânico", acrescentou esta fonte ao se referir ao referendo de junho de 2016, no qual os eleitores apoiaram o "Brexit".

A primeira-ministra convocou nesta segunda-feira seu gabinete para uma reunião especial no começo de outra semana crucial para o "Brexit" e para o futuro político da líder conservadora.

May conversou com seus ministros depois que a UE aceitou adiar o "Brexit" de 29 de março para 22 de maio, se o Parlamento aprovar o acordo de saída, ou até 12 de abril se o pacto for rejeitado, para quando o país deverá elaborar um plano alternativo.

O porta-voz acrescentou, além disso, que May manifestou inquietação sobre a possibilidade de o Parlamento assumir o controle do processo do "Brexit" se for aprovada hoje à tarde uma moção que pede que seja reservado tempo para "votos indicativos".

Isto permitiria saber o que querem os deputados e onde está o consenso sobre a maneira que o Reino Unido deve sair da UE.

A primeira-ministra já manifestou que "atar as mãos" do governo de tal forma poderia ter consequências sobre a maneira com a qual o Reino Unido é governado, indicou a fonte, ao se referir à possibilidade de o Legislativo assumir as funções do Executivo.

O porta-voz não pôde dizer se finalmente May submeterá seu acordo do "Brexit" pela terceira vez a votação, já que, até o momento, não parece contar com apoio suficiente no Parlamento. EFE