Observadores denunciam compra de votos nas eleições da Tailândia
Bangcoc, 25 mar (EFE).- A fundação Open Forum for Democracy (P-Net) denunciou nesta segunda-feira a compra de votos e a falta de transparência nas eleições da Tailândia realizadas no domingo após quase cinco anos de governo da junta militar.
Em comunicado, a P-Net disse que alguns candidatos e partidos "compraram votos durante os comícios e na noite anterior às eleições em muitas áreas, especialmente nas regiões do norte, centro e nordeste".
A fundação tailandesa, que enviou observadores para 63 províncias, informou que o pleito não foi suficiente "honesto, justo e independente" para reformar o país, onde hoje se prevê o anúncio dos resultados preliminares.
Sudarat Keyuraphan, principal candidata do partido antimilitar Puea Thai ("Para os Tailandeses"), declarou em entrevista coletiva que sua legenda está solicitando denúncias de supostas irregularidades e que "agirá conforme à lei".
Em todo caso, Sudarat, que assegura ter ganhado a maioria das cadeiras antes de a Comissão Eleitoral ter anunciado os resultados preliminares, afirmou que aceitará a apuração dos votos e que não usará as supostas irregularidades para tentar impugnar o pleito.
A Rede Asiática para Eleições Livres (Anfrel, na sigla em inglês) comunicou que não detectou irregularidades, embora só tenham podido enviar 34 observadores.
Estas eleições não contaram com uma missão de observadores internacionais e no caso da União Europeia, ao não ser convidada, decidiu designar alguns diplomatas que fizeram uma supervisão parcial para uso interno.
Quatro equipes da ONU percorreram 136 colégios eleitorais em 33 distritos na região metropolitana de Bangcoc para avaliar o respeito de direitos como a liberdade de expressão e acesso, embora sem o objetivo de elaborar um relatório. EFE
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