ONU ressalta que status das Colinas de Golã não muda com decisão de Trump
A ONU ressaltou nesta segunda-feira que a decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de reconhecer a soberania de Israel sobre as Colinas de Golã não muda o status internacional da região, ocupada pelo país desde 1967.
"Para nós, o status das Colinas de Golã está consagrado nas resoluções do Conselho de Segurança. A postura não mudou", disse o porta-voz da Secretaria-Geral da ONU, Stéphane Dujarric.
"Está claro para o secretário-geral que o status da região não mudou", completou o porta-voz em breves declarações a jornalistas.
Com o decreto assinado hoje por Trump, os Estados Unidos se tornaram o primeiro país do mundo a reconhecer a soberania de Israel sobre a região que pertencia à Síria antes da guerra de 1967.
Israel anexou as Colinas de Golã em 1981, em um movimento que não foi reconhecido pela comunidade internacional. O Conselho de Segurança aprovou no mesmo ano uma resolução que considerava "nula" e "sem efeito jurídico internacional" a decisão israelense de impor suas leis e administrar o território ocupado.
A ONU mantém desde 1974 uma missão de paz na região. A iniciativa tem como objetivo manter o cessar-fogo entre Israel e Síria.
O Conselho de Segurança deve revisar a situação da missão nesta quarta-feira, algo que ocorre regularmente.
Antes, amanhã, o principal órgão de decisão da ONU realizará um encontro mensal sobre o Oriente Médio e o conflito palestino-israelense. A reunião pode abordar a decisão de Trump.
"Isso é algo que deveria ter sido feito há muitas décadas", disse Trump ao assinar o decreto, acompanhado do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu.
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