Rússia critica EUA por reconhecer soberania de Israel sobre Colinas de Golã
Moscou, 25 mar (EFE).- A Rússia condenou nesta segunda-feira o reconhecimento por parte dos Estados Unidos da soberania de Israel sobre as Colinas de Golã e considerou que o decreto do presidente americano, Donald Trump, está à margem das leis internacionais.
"Isso pode provocar uma nova reviravolta nas tensões no Oriente Médio", afirmou a porta-voz do Ministério de Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, após o anúncio feito pela Casa Branca.
"Esse tipo de situação, por estar à margem da legalidade e ignorar todos os acordos internacionais, resoluções e decisões do Conselho de Segurança da ONU, infelizmente, só piora a situação", avaliou a porta-voz da diplomacia russa.
Pouco antes do anúncio da decisão americana, o Kremlin informou que o tema foi discutido entre o chanceler do país, Sergei Lavrov, e o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, por telefone.
"A intenção dos EUA de reconhecer a soberania de Israel sobre as Colinas de Golã será uma grave violação do direito internacional, entorpecerá a solução da crise na Síria e piorará a situação em todo o Oriente Médio", disse o governo russo em nota.
Trump assinou o decreto sobre o reconhecimento da soberania israelense da área, ocupada pelo país desde 1967, na presença do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu.
Com o decreto, os EUA são o primeiro país do mundo a reconhecer a soberania de Israel sobre a área, tomada da Síria durante a Guerra dos Seis Dias, em 1967, e anexada posteriormente em 1981.
As Colinas de Golã ficam na fronteira entre Israel, Síria, Líbano e Jordânia. Além da importância estratégica, a região tem importantes recursos hídricos e é responsável por cerca de um terço da água consumida pelos israelenses. EFE
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