Trump diz que democratas desistiram de impeachment após fim do "caso Rússia"
Washington, 26 mar (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta terça-feira que os democratas desistiram de tentar abrir um processo de impeachment contra ele após as conclusões preliminares da investigação do "caso Rússia" terem apontado que não houve conluio entre o Kremlin e os republicanos.
"Não acho que eles estejam conversando sobre um impeachment", disse Trump a jornalistas no Senado, ao ser perguntado sobre os próximos movimentos da oposição para tentar tirá-lo do poder.
A publicação no domingo de um resumo do relatório do promotor especial Robert Mueller diminuiu as chances de Trump ser alvo de um processo de impeachment, segundo os analistas.
O documento aponta que não há provas de coordenação entre a campanha do agora presidente e a Rússia. Além disso, Mueller disse que não há evidências de que Trump obstruiu a Justiça.
No entanto, ao menos dois congressistas democratas, Rashida Tlaib e Al Green, afirmaram que ainda querem propor o impeachment de Trump. Rashida disse ao site "Politico", inclusive, que planeja em breve apresentar uma ação sobre o caso.
A presidente da Câmara dos Representantes, a democrata Nancy Pelosi, já disse ser contra a abertura de um processo de impeachment contra Trump antes do encerramento da investigação de Mueller. Outros integrantes também reconheceram que é pouco provável que uma ação desse tipo prospere no Congresso.
Após passar dois anos criticando o promotor especial do "caso Rússia", Trump disse hoje que o relatório de Muller é "genial".
"O relatório não poderia ter sido melhor. Disse que não houve obstrução e não houve conluio. Não poderia ter sido melhor", comemorou o presidente americano.
Trump voltou a atacar aqueles que iniciaram a investigação.
"Os democratas e outros criaram uma fraude no nosso país com essa ridícula caça às bruxas na qual se provou, muito categoricamente, que não houve conluio nem obstrução", destacou Trump.
O presidente americano ainda sugeriu que a campanha contra ele tinha envolvimento do "alto escalão" do governo, dando a entender que pessoas próximas ao seu antecessor, Barack Obama, tiveram participação no início das investigações do "caso Rússia" em 2016.
"Não quero responder isso, mas acredito que vocês sabem a resposta", afirmou Trump ao ser perguntado sobre o assunto.
"Acho que o que ocorreu é uma vergonha. Não acho que nosso país deva permitir que isso volte a ocorrer de novo. Isso não voltará a ocorrer nunca mais. Começou em um nível baixo, mas com instruções de cima", continuou o presidente americano.
A oposição democrata pediu ao procurador-geral dos EUA, William Barr, que entregue ao Congresso o relatório completo de Muller antes do próximo dia 2 de abril. E também exigiu que o documento divulgado ao público integralmente, para que não haja dúvidas sobre as conclusões das investigações. EFE
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