Censura a cenas gays de "Bohemian Rhapsody" gera críticas na China
Pequim, 27 mar (EFE).- A estreia do filme "Bohemian Rhapsody", que conta a história do cantor do Queen, Freddy Mercury, deixou vários internautas decepcionados na China, já que o país censurou diversas cenas que mostravam relações homossexuais e consumo de drogas.
"Cortaram partes muito importantes do filme", lamentou na rede social Weibo (equivalente ao Twitter na China) um usuário identificado como Tweety_Nakiki.
"Os cortes deixaram o filme incoerente. O filme já não faz sentido depois desta censura, que é discriminatória com os gays", disse Kitsch_sc.
Muitos internautas chineses mostraram rejeição à censura praticada pelo governo neste filme, embora alguns usuários tenham defendido a postura das autoridades, dizendo que a homossexualidade é incompatível com os valores fundamentais do socialismo.
'Bohemian Rhapsody', que levou quatro estatuetas no Oscar, estreou na China na sexta-feira com uma duração de 131 minutos (a duração original é de 134 minutos).
Segundo o site de acompanhamento das redes sociais chinesas 'What's on Weibo', outros filmes de sucesso internacional, como Titanic, também foram vítimas da censura do regime comunista.
Desde 2017, quando entrou em vigor a nova Lei de Promoção da Indústria Cinematográfica, qualquer filme que "viole, resista ou mine os princípios básicos da Constituição", "danifique a dignidade nacional" ou promova "obscenidades, apostas, abuso de drogas ou violência", entre outras coisas, será submetido a cortes.
A homossexualidade não é ilegal na China desde 1997, e em 2001 foi tirada da lista de doenças mentais. EFE
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