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Moçambique confirma 5 casos de cólera após passagem de ciclone Idai

27/03/2019 09h22

Maputo 27 mar (EFE).- As autoridades de Moçambique confirmaram nesta quarta-feira a existência de cinco casos de cólera na região de Beira, no centro do país, e epicentro do ciclone Idai, que deixou 468 mortos e 1,5 mil feridos no país.

"Confirmo cinco casos (de cólera), mas só há registros da doença na cidade de Beira", disse à Agência Efe a subdiretora de Saúde de Moçambique, Maria Benigna Matsinhe.

A presença de água contaminada associada à falta de água potável e, em muitas regiões, de produtos necessários para a purificação propiciaram o surgimento da doença, que é bastante comum neste tipo de crise humanitária.

Nesta terça-feira, o porta-voz do Escritório da ONU para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA), Saviano Abreu, falou com a Efe sobre o aumento significativo de pessoas nos centros de acolhimento em Beira com fortes diarreias e sintomas de desidratação, e confirmou que um protocolo de atuação contra o cólera foi ativado.

Embora as inundações tenham diminuído e a ajuda começado a chegar por estrada a regiões que até há poucos dias estavam inacessíveis, a situação ainda é extrema para 1,85 milhão de pessoas que estão em risco de insegurança alimentar.

Nesta manhã, aterrissou em Maputo um avião do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur) cheio de barracas, mosquiteiros, cobertores e garrafas d'água.

O ciclone tocou o solo perto de Beira em 14 de março, no dia seguinte se deslocou para o Zimbábue e, antes de chegar a Moçambique, já tinha atingido o Malawi como tempestade tropical.

Até agora, Idai já deixou cerca de 700 mortos nesses três países. EFE