OEA aprova resolução para pedir entrada de ajuda na Venezuela
Washington, 27 mar (EFE).- A Organização dos Estados Americanos (OEA) aprovou nesta quarta-feira uma resolução que pede a entrada de ajuda humanitária na Venezuela e, para tanto, solicita a colaboração das forças militares e policiais leais ao presidente venezuelano Nicolás Maduro.
A resolução, impulsionada pela Colômbia, recebeu o voto favorável de 19 dos 35 membros da OEA (Cuba pertence ao organismo, mas não participa dele desde 1962); enquanto cinco países votaram contra, oito se abstiveram e duas delegações não participaram por não estarem presentes na sala.
Antes da votação, o embaixador da Colômbia na OEA, Alejandro Ordóñez, pediu a aprovação "imediata" da resolução diante do "colapso" do sistema de saúde na Venezuela, dos fluxos migratórios "sem precedentes " e da escassez de remédios e alimentos.
Concretamente, a resolução volta a pedir a Maduro que permita o ingresso de ajuda humanitária para fazer frente às necessidades da população.
Um dos pontos mais importantes da resolução é o que insta que as "instituições públicas da Venezuela, especialmente as forças militares e de polícia, se abstenham de bloquear o ingresso de ajuda humanitária", como aconteceu no último dia 23 de fevereiro.
Nessa ocasião, a oposição, liderada por Juan Guaidó e apoiada por centenas de voluntários civis, tentou fazer entrar na Venezuela ajuda humanitária doada pelos Estados Unidos e que tinha sido armazenada no Brasil e na Colômbia; mas topou com a resistência de Maduro, que fechou as fronteiras.
Essa tentativa desencadeou enfrentamentos que deixaram 300 feridos e pelo menos cinco mortos, segundo dados de organizações não-governamentais.
A Venezuela vive uma situação de incerteza política desde que, no último dia 23 de janeiro, Guaidó alegou que, como líder do parlamento, tinha a competência de reivindicar a presidência do país por considerar ilegítima a reeleição de Maduro em maio de 2018.
A missão venezuelana na OEA votou hoje contra a resolução e disse que não reconhece nenhuma das decisões tomadas pelo organismo, do qual se retirará em abril deste ano. EFE
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