ONU exige mais medidas para conter financiamento de grupos terroristas
Nações Unidas, 28 mar (EFE).- O Conselho de Segurança (CS) da ONU aprovou nesta quinta-feira uma resolução que exige dos Governos de todo o mundo mais medidas para cortar as vias de financiamento de grupos terroristas.
Por unanimidade, os 15 membros do CS adotaram um texto proposto pela França, que reforça as normas internacionais já existentes neste âmbito.
A resolução estabelece que todos os países têm que dispor de leis nacionais que castiguem com severidade quem financiar organizações terroristas ou colham fundos para elas.
Além disso, pede aos governos para melhorar sua supervisão dos fluxos financeiros, investigar e perseguir de maneira mais eficaz os pagamentos a grupos terroristas e seguir recomendações internacionais para conter as transferências.
A ONU reforça com esta resolução vem de encontro a outras decisões anteriores neste âmbito, que têm sido aprovadas durante os últimos anos, sobretudo em resposta às ações de grupos como Al Qaeda e Estado Islâmico (EI).
O ministro de Exteriores francês , Jean-Yves Le Drian, insistiu nesta quinta-feira na necessidade dessa modernização, visto que os terroristas demonstraram serem capaz de se adaptarem.
"Hoje, expulsos dos seus territórios, aprenderam a usar os novos espaços financeiros virtuais, onde explodem as possibilidades que as novas tecnologias oferecem", destacou Le Drian, em referência a organizações como o EI.
O ministro francês, que presidiu a sessão do CS, afirmou que a resolução representa "um ato político contundente", mas é unicamente um princípio, pois o segredo será sua implementação.
Para o chefe do escritório antiterrorista da ONU, Vladimir Voronkov, a decisão chega em um "momento-chave", depois que vários ataques recentes demonstraram que há "fluxos financeiros que continuam chegando aos grupos terroristas tanto de fontes ilegais como legais".
"Um esforço arrumado para redobrar a atenção do mundo em deter o financiamento do terrorismo é portanto vital", insistiu Voronkov.
A negociação da resolução se prolongou quase até o último momento, depois que uma primeira proposta disparasse a preocupação entre organizações humanitárias, que consideravam que a linguagem incluída podia restringir suas atividades em áreas de conflito.
Grupos como o Comitê Internacional da Cruz Vermelha, que em algumas ocasiões têm que levar ajuda a população que vive em zonas sob controle de grupos terroristas, temiam que uma chamada generalizada para criminalizar qualquer cooperação com essas organizações lhes impedisse de fazer seu trabalho.
Finalmente, no texto foram incluídas referências às normas humanitárias internacionais para eliminar essas preocupações. EFE
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