ONU prepara análise humanitária na Venezuela com o objetivo de aumentar ajuda
Nações Unidas, 27 mar (EFE).- A ONU está preparando uma análise abrangente da situação humanitária na Venezuela, com o objetivo de obter uma fotografia imparcial e precisa das necessidades do país e tentar aumentar a ajuda à população, segundo informações divulgadas nesta quarta-feira por fontes da organização.
O relatório, de caráter interno e que por enquanto não é definitivo, está sendo preparado com o consentimento do governo de Nicolás Maduro, mas também leva em consideração as posições de outros atores.
"Nossa principal prioridade é responder às necessidades urgentes das pessoas mais vulneráveis do país", disse à Agência Efe, Russell Geekie, porta-voz do Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA).
A ONU tem repetidamente apelado para "despolitizar" a ajuda humanitária na Venezuela, em meio aos confrontos que cercaram a questão do governo de Maduro e da oposição.
Embora por um tempo as autoridades venezuelanas tenham rejeitado a existência de uma crise humanitária no país, nos últimos meses têm trabalhado com as Nações Unidas para fortalecer a cooperação nessa área e receber apoio em setores como saúde e nutrição.
De acordo com Geekie, na Venezuela há "necessidades humanitárias claramente substanciais" e o relatório que está sendo realizado representará "a análise mais autorizada e completa" sobre a questão.
O documento ajudará as organizações humanitárias que trabalham na Venezuela a ajustar sua assistência e garantir que a prioridade seja dada às pessoas mais vulneráveis.
Por enquanto, não haja um valor final sobre os fundos que a ONU considera necessário para apoiar a população do país, o porta-voz disse que receber fundos dos doadores será "fundamental" para garantir uma resposta adequada.
Geekie não quis fornecer detalhes sobre o conteúdo da análise, pois é um documento interno que ainda está em desenvolvimento.
A questão da ajuda humanitária permanece no centro da crise política venezuelana, que se agravou depois que Maduro tomou posse para novo mandato que não é reconhecido pela oposição e por parte da comunidade internacional.
Em resposta, o presidente do Parlamento, o opositor Juan Guaidó, se autoproclamou presidente interino, sendo reconhecido por aproximadamente 50 países, entre eles o Brasil. EFE
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