Rússia pede fim da pressão para desprestigiar governo da Nicarágua
Moscou, 28 mar (EFE).- A Rússia exigiu nesta quinta-feira o fim das pressões "externas" sobre a Nicarágua que pretendem "desacreditar o governo legítimo do país" centro-americano, segundo denunciou a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova.
"Estamos convencidos de que os nicaraguenses são capazes de solucionar seus assuntos internos de forma independente e sem interferência externa", disse Zakharova em sua tradicional entrevista coletiva semanal.
A diplomata acrescentou que a Rússia está acompanhando o desenvolvimento dos eventos no país latino-americano e acredita que todas as forças políticas locais vão se esforçar para "garantir um desenvolvimento estável e progressivo da Nicarágua".
A Nicarágua está imersa em uma crise como consequência dos protestos populares que explodiram em 18 de abril de 2018 devido a uma reforma impopular da previdência social.
A crise já deixou 325 mortos desde abril do ano passado, segundo a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), mas alguns grupos locais humanitários elevam para 561 o número de vítimas, enquanto o governo só reconhece 199 e denuncia uma tentativa de golpe de Estado.
Para tentar solucionar as diferenças, o governo nicaraguense e a oposição extraparlamentar iniciaram negociações em 27 de fevereiro, nas quais foi proposta, entre outras medidas, a realização de eleições antecipadas "livres, justas, transparentes e com observação", e a anulação dos julgamentos contra os ativistas presos.
Os negociadores também colocaram sobre a mesa a libertação dos denominados "presos políticos", depois que o governo do presidente Daniel Ortega se comprometeu a libertar "todos" os manifestantes presos em um máximo de 90 dias, que os familiares cifram em 802 e as autoridades em 340. EFE
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.