EUA afirmam que mobilização de tropas russas na Venezuela é "ameaça direta"
Washington, 29 mar (EFE).- John Bolton, o conselheiro de Segurança Nacional do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, insistiu nesta sexta-feira em denunciar o envio de pessoal e material militar à Venezuela por parte da Rússia e advertiu o Kremlin que a Casa Branca considera estas "ações provocativas como uma ameaça direta".
"Seguiremos considerando este tipo de ações provocativas como uma ameaça direta à paz internacional e à segurança na região", afirmou Bolton em comunicado, no qual garantiu que os EUA "defenderão e protegerão" seus interesses no continente americano.
Além disso, o conselheiro advertiu com "veemência" a qualquer "ator externo" contra a implantação de "ativos militares" na Venezuela ou em qualquer outra área do continente.
"O governo condena o uso contínuo por parte de (o presidente da Venezuela) Nicolás Maduro de pessoal militar estrangeiro em sua tentativa de se manter no poder", diz o comunicado.
Bolton acusou Maduro de recorrer às forças armadas russas para buscar apoio em sua política de "repressão" ao povo venezuelano, perpetuar a crise econômica que o país atravessa e pôr em perigo a "estabilidade regional".
"Fazemos um pedido ao exército venezuelano para que cumpra com sua obrigação constitucional de proteger os cidadãos da Venezuela", concluiu o assessor.
O comunicado foi emitido dois dias depois que o presidente Trump aproveitou uma reunião surpresa com Fabiana Rosales, esposa do líder da oposição venezuelana Juan Guaidó, a quem o mandatário americano reconhece como presidente interino, para declarar que "a Rússia tem que sair" do país sul-americano.
No fim de semana passado, soldados comandados pelo major-general Vasyl Tonkoshkurov, chefe do Estado Maior do exército terrestre da Rússia, aterrissaram no aeroporto internacional de Maiquetía, o principal da Venezuela, a bordo de dois aviões militares.
A Rússia é um dos maiores aliados do presidente Maduro, a quem apoia de maneira pública em relação ao desafio de Guaidó, que se autoproclamou presidente interino e foi reconhecido por mais de 50 países.
O governo Maduro costuma se referir à Rússia, que lhe fornece armamento, tecnologia e outros recursos, como um "aliado estratégico" de sua política multilateral. EFE
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