Legisladores da Geórgia ignoram Hollywood e aprovam medida contra aborto
Atlanta (EUA), 29 mar (EFE).- O Congresso da Geórgia aprovou nesta sexta-feira um projeto de lei que proibiria o aborto a partir do momento que seja possível escutar a batida do coração do feto, apesar da oposição de ativistas locais, grandes corporações e atores de Hollywood que ameaçaram boicotar a crescente indústria cinematográfoca no estado.
A medida HB 481 foi aprovada por 92 votos a favor e 78 contra e deverá ser promulgada pelo governador do estado, Brian Kemp, que disse em várias ocasiões que apoia a iniciativa.
Sob a nova medida, as mulheres na Geórgia não poderiam fazer um aborto a partir da sexta semana de gravidez, aproximadamente, que é quando já se pode escutar a batida do coração do feto.
Atualmente, as mulheres podem submeter-se a um aborto até a 20ª semana de gravidez na Geórgia.
"Se esta legislação que proíbe o aborto se transformar em lei, nos veremos no tribunal", indicou através das redes sociais a União Americana de Liberdades Civis (ACLU) da Geórgia, depois que sua diretora-executiva, Andrea Young, qualificou o projeto como "insensíveis desconsiderações pela saúde e pelo bem-estar da mulher e um desacato aos direitos constitucionais".
Além disso, quase uma centena de atores se uniu ao chamado da atriz Alyssa Milano para pedir ao governador que não assine a medida e ameaçaram não filmar seus trabalhos no estado caso a lei seja sancionada.
Alec Baldwin, Maria Bello, Sara Silverman, Michael Sheen, Laverne Cox, Don Cheadle, Mia Farrow, Rosie O'Donnell, Debra Messing e Jon Cryer são alguns dos atores que se uniram ao protesto liderado por Milano.
A indústria do cinema se transformou em uma das mais importantes nos últimos anos na Geórgia, para onde os grandes estúdios de Hollywood transferiram a filmagem de projetos multimilionários para baratear custos.
Além disso, corporações como Amazon e Coca Cola expressaram sua oposição ao projeto antiaborto. EFE
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