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Sobe para 493 o número de mortos por ciclone Idai em Moçambique

29/03/2019 11h32

Maputo, 29 mar (EFE).- O ciclone tropical Idai causou pelo menos 493 mortes e cerca de 840 mil pessoas foram afetadas pelo fenômeno meteorológico em Moçambique, segundo números difundidos nesta sexta-feira pelo Instituto Nacional de Gestão de Calamidades (INGC).

O INGC, vinculado ao governo moçambicano, elevou em 25 o número de vítimas mortais nas últimas 48 horas, mas não especificou se as novas mortes foram provocadas pelas inundações causadas pelo ciclone ou pelo surto de cólera que foi confirmado nesta quarta-feira.

As autoridades moçambicanas também revisaram para cima o número de atingidos pela catástrofe, que agora são 839.748 pessoas, como consequência da destruição de 98 mil imóveis, enquanto 143.447 estudantes não puderam retornar às aulas, com um total de 3.265 salas de aula danificadas.

O aumento no número de mortes foi divulgado um dia depois que o presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, anunciou o fim das operações de busca e resgate dos atingidos.

"Depois de 15 dias de atividades intensas de busca e salvamento, as equipes nacionais e internacionais concluíram a fase de resgate de todas as pessoas que buscaram refúgio nos telhados das casas, em cima de árvores ou que estavam isoladas", disse Nyusi na cidade de Beira, que fica no centro do país e foi o local mais atingido pelo desastre.

As autoridades moçambicanas confirmaram cinco casos de cólera na região de Beira, mas este número pode ser maior.

A presença de água contaminada, junto com a falta de água potável e de produtos necessários para sua purificação, propiciou o surgimento da doença, que é bastante comum em crises humanitárias deste tipo.

O ciclone tocou o solo perto de Beira em 14 de março, no dia seguinte se deslocou para o Zimbábue e, antes de chegar a Moçambique, atingiu o Malawi como tempestade tropical.

Até o momento, Idai já deixou mais de 730 mortos nesses três países. EFE