UE anuncia cúpula extraordinária após rejeição ao acordo de saída do "Brexit"
Bruxelas, 29 mar (EFE).- O presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, convocou nesta sexta-feira uma cúpula extraordinária para que os líderes dos países da União Europeia (UE) debatam os próximos passos no processo do "brexit" depois que o Parlamento britânico rejeitou pela terceira vez o acordo de saída.
"Diante da rejeição da Câmara dos Comuns ao acordo de saída, decidi convocar um Conselho Europeu para 10 de abril", escreveu Tusk no Twitter.
A Câmara dos Comuns rejeitou hoje o acordo de saída do Reino Unido da UE por 286 votos a favor e 344 contra.
A cúpula dos chefes de Estado e de Governo da União Europeia vai acontecer dois dias antes de 12 de abril, a nova data marcada para o Reino Unido deixar a UE sem acordo, a não ser que o Governo britânico apresente um plano alternativo que permita uma solicitação de prorrogação às negociações.
Neste cenário, que os líderes europeus abordariam na cúpula extraordinária de 10 de abril, o Reino Unido seria obrigado a participar das eleições da Eurocâmara de maio.
A terceira rejeição ao acordo do "brexit" fechou as portas à possibilidade de uma prorrogação até 22 de maio, a primeira opção entre as apontadas pelo Conselho Europeu na semana passada, que só teria sido ativada se os deputados britânicos tivessem dado o apoio ao acordo hoje.
Um porta-voz da Comissão Europeia (CE) afirmou à Agência Efe que uma saída sem acordo em 12 de abril é agora "um cenário provável".
"A UE estava se preparando para isto desde dezembro de 2017 e está agora totalmente pronta para uma saída sem acordo em 12 de abril", acrescentou, ao precisar que o Executivo comunitário "lamenta" o voto negativo na Câmara dos Comuns e que corresponde ao Reino Unido comunicar Bruxelas sobre como deseja proceder antes de 12 de abril.
O porta-voz acrescentou que a UE permanecerá unida e que os benefícios do pacto de saída, incluído um período de transição, "em nenhum caso serão reproduzidos em uma saída sem acordo".
Além disso, a fonte também ressaltou que fechar "pequenos acordos" sobre setores concretos, como os direitos dos cidadãos, "não é uma opção". EFE
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