EUA iniciam processo para cortar ajuda a El Salvador, Guatemala e Honduras
Washington, 30 mar (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, determinou que seu governo inicie o processo para cortar todo tipo de assistência a El Salvador, Guatemala e Honduras, disse neste sábado à Agência Efe um porta-voz do Departamento de Estado.
A decisão foi tomada ontem à noite, depois que Trump criticou os três países por "não fazerem nada" pelos americanos e permitirem a formação de caravanas de migrantes que têm como objetivo chegar aos Estados Unidos. O porta-voz explicou que, por ordem de Trump, o secretário de Estado americano, Mike Pompeo, informou a decisão ao Congresso, que tem a última palavra no orçamento.
"Por instruções do secretário (Pompeo), estamos cumprindo com as ordenes do presidente e acabando os programas de assistência externa para os países do Triângulo Norte da América Central no ano fiscal 2017 e 2018. Começaremos as conversas com o Congresso como parte deste processo", explicou a fonte.
O porta-voz não disse quanto será afetado pela decisão de Trump e se limitou a afirmar que impactará no dinheiro que o Congresso aprovou para El Salvador, Guatemala e Honduras durante os anos fiscais de 2017 (entre 1 de outubro de 2016 e 30 de setembro de 2017) 2018. Parte desse dinheiro ainda não foi totalmente gasto nos projetos de destinado, que vão de planos de cooperação policial para combater o crime organizado até ajuda humanitária e iniciativas para fortalecer a democracia.
Conforme os últimos dados do Departamento de Estado, em 2018, os Estados Unidos aprovaram US$ 120 milhões para a Guatemala, US$ 80 milhões para Honduras e US$ 58 milhões para El Salvador. Já em 2017, os Estados Unidos destinaram US$ 140 milhões para a Guatemala, US$ 95 milhões para Honduras e US$ 73 milhões para El Salvador.
A capacidade do presidente para decidir sobre a ajuda externa é limitada, porque o Congresso é que tem as competências sobre o orçamento. Na verdade, Trump só pode transferir 10% do dinheiro que já foi aprovado para esses três países para outros projetos e em hipótese alguma pode interromper o desembolso de ajuda que já foi alocado aos projetos, segundo o centro independente Escritório de Washington na América Latina (Wola). EFE
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