Emir do Catar deixa cúpula árabe de forma repentina e sem fazer discurso
Túnis, 31 mar (EFE).- O emir do Catar, Tamim bin Hamad al Thani, decidiu neste domingo abandonar a 30ª Cúpula da Liga Árabe realizada em Túnis, na Tunísia, antes mesmo de realizar seu discurso no plenário, confirmaram fontes da organização.
As fontes, no entanto, evitaram revelar as razões para a saída abrupta do xeque, que mantém uma queda de braço política com a Arábia Saudita, país que coorganiza a reunião.
A cúpula começou por volta de meio-dia (horário local) no Palácio de Congressos da capital com metade de seus 22 líderes ausentes e sem abordar os principais problemas da região, como as guerras na Síria e no Iêmen.
Os primeiros a falar foram o presidente tunisiano, Beji Caïd Essebsi, anfitrião da cúpula, e o rei Salman da Arábia Saudita, que presidiu a reunião anterior. Os dois fizeram uma defesa da causa palestina, mas sem detalhar medidas concretas.
Uma vez concluídos os discursos públicos, os líderes árabes fecharam as portas para discutir o comunicado final, no qual haverá críticas à posição dos Estados Unidos sobre o território das Colinas de Golã, serão denunciadas as políticas regionais do Irã e da Turquia, se defenderá mecanicamente a causa palestina e será pedido o fim da divisão na Líbia.
Em segundo plano ficará a guerra na Síria, país que foi suspenso do bloco em 2011, enquanto as violações dos direitos humanos no Iêmen e no Egito estarão ausentes do debate, assim como a falta de liberdades na maioria dos países-membros.
À cúpula compareceram os chefes de Estado de Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Catar, Kuwait, Egito, Jordânia, Iraque, Iêmen, Líbano, Palestina, Mauritânia e Djibuti.
Os líderes dos outros países do bloco não comparecerem à reunião, com destaque para o presidente do Sudão, Omar al Bashir, sobre quem pesa uma ordem de captura internacional; o rei do Marrocos, Mohammed VI; o sultão Cabus de Omã e o presidente da Argélia, Abdelaziz Bouteflika, que está gravemente doente.
De forma paralela à cúpula, a sociedade civil e a associação de jornalistas da Tunísia realizaram uma série de atos paralelos para denunciar a sistemática falta de liberdades e a violação regular dos direitos humanos na região, que incluiu uma manifestação no centro da capital. EFE
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