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Tailândia inicia rituais prévios à coroação do rei Vajiralongkorn

06/04/2019 07h56

Bangcoc, 6 abr (EFE).- A Tailândia iniciou neste sábado os rituais prévios à coroação do rei Maha Vajiralongkorn, que ascendeu ao trono em outubro de 2017 após a morte de seu pai, o rei Bhumibol, e cuja proclamação está prevista ocorrer entre os dias 4 a 6 de maio.

Oficiais encarregados do ritual recolheram neste sábado água durante uma série de cerimônias religiosas ao longo de todo o país - transmitidas ao vivo pela televisão - e que servirá para os ritos de purificação prévia à coroação.

A coleta aconteceu em mais de 100 aquíferos da Tailândia entre as 11h52 e 12h38 local (1h52 e 2h38, em Brasília), segundo o horário considerado auspicioso pelos astrólogos tailandeses.

A água, armazenada em jarras tradicionais, será benzida em cerimônias budistas nos templos mais importantes do país de 8 a 9 de abril, antes de ser combinada em outro rito de consagração em Wat Suthat, um dos templos mais antigos de Bangcoc, no dia 18.

Neste sábado, além disso, é celebrado na Tailândia o dia Chakri, a dinastia da qual procede o soberano, conhecido como Rama X ao ser o 10° monarca da linhagem dos Chakri.

O monarca, de 66 anos, também terá que recitar vários versos budistas durante os atos de coroação.

A monarquia e o budismo são dois pilares fundamentais da sociedade tailandesa, que vê o rei como uma figura reverenciada e quase divina.

No entanto, o atual soberano viveu grande parte de sua vida no exterior longe dos afazeres da Coroa e não herdou a popularidade de seu pai.

Desde sua ascensão ao trono, Vajiralongkorn fortaleceu seus poderes com a aprovação de várias reformas legais que, entre outros, puseram sob sua única autoridade o vasto patrimônio da Coroa e várias agências estatais responsáveis por sua segurança.

A informação sobre a monarquia tailandesa é um assunto muito sensível no país devido à lei de lesada altivez, que castiga com penas entre 3 e 15 anos de prisão os críticos e os que fizerem comentários insultantes para a família real. EFE