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Nova York declara emergência pública por epidemia de sarampo no Brooklyn

09/04/2019 13h27

Nova York, 9 abr (EFE).- A cidade de Nova York declarou nesta terça-feira emergência pública de saúde devido à epidemia de sarampo registrada desde outubro de 2018, especialmente entre as comunidades judaicas ortodoxas que vivem no Brooklyn.

Como parte de tal medida extraordinária, anunciada pela Prefeitura de Nova York em comunicado, os moradores que não foram vacinados contra a doença no bairro de Williamsburg - onde se concentra a maior população judaica da cidade - terão que se imunizar contra o sarampo para "proteger o resto da comunidade e ajudar a reduzir a epidemia".

As injeções serão obrigatórias e membros do Departamento de Saúde e Saúde Mental revisarão as cartelas de vacinação de qualquer indivíduo que tenha estado em contato com pacientes infectados. Caso a pessoa não esteja imunizada, poderá ser multada em até US$ 1 mil.

A decisão chega um dia depois de as autoridades locais terem ameaçado fechar algumas "yeshivas" (escolas judaicas) e multá-las se admitissem crianças que não estejam protegidas contra a doença.

"Não há dúvida de que as vacinas são seguras, efetivas e salvam vidas. Peço a todo mundo, especialmente aos que estão nas áreas afetadas, que se imunizem para proteger suas crianças, famílias e comunidades", afirmou o prefeito de Nova York, Bill de Blasio.

Desde que começou a epidemia, em outubro, 285 casos foram confirmados na cidade, a maioria nos últimos dois meses. Destes, 246 foram detectados em menores de 18 anos, enquanto só 39 foram adultos.

Embora ainda não tenha havido mortes associadas à doença, a Prefeitura de Nova York adverte que 21 pessoas foram hospitalizadas e cinco estão em unidade de tratamento intensivo (UTI).

Há duas semanas, o condado de Rockland, no norte do estado de Nova York, proibiu os jovens que não estão vacinados de entrar em espaços públicos, como parques infantis, como resposta ao surto de sarampo na região, com 161 casos detectados em uma população de 300 mil pessoas, especialmente entre a população ortodoxa. EFE