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Governador de Nova Jersey assina lei da eutanásia

12/04/2019 20h28

Nova York, 12 abr (EFE).- A partir de 1º de agosto de 2019, os moradores do estado de Nova Jersey, nos Estados Unidos, diagnosticados com menos de seis meses de vida por causa de alguma doença terminal poderão solicitar a eutanásia, de acordo com a lei assinada nesta sexta-feira pelo governador Phil Murphy.

O democrata assinou o projeto, que se transformou em lei, após a aprovação dada pela Câmara dos Deputados de Nova Jersey, também dominada por democratas, no mês passado.

"Permitir que moradores com doenças terminais tomem a decisão de pôr fim à sua vida por eles mesmos é fazer o certo", disse Murphy, ao assinar o projeto com o qual seu estado se soma aos de Oregon (1994), Washington (2008), Montana (2009), Vermont (2013), Califórnia (2015), Colorado (2016), Havaí (2018), assim como Washington D.C. (2017), que já deram esse passo.

Cerca de 70 milhões de pessoas vivem nesses territórios, o que representa 21% da população americana, de acordo com o escritório do governador.

O caminho até hoje levou sete anos, desde que a proposta foi apresentada pela primeira vez, em 2012, para consideração do Senado e da Câmara do estado. Durante esse processo, enfrentou posições de líderes religiosos, profissionais da saúde, ativistas e do então governador republicano Chris Christie, que advertiu que vetaria quando a proposta chegasse nele.

"Com a assinatura deste projeto, estamos dando aos pacientes de doenças terminais e às suas famílias humanidade, dignidade e respeito que merecem no momento mais difícil que qualquer um de nós pode enfrentar", disse o governador.

A lei será aplicada a residentes com diagnóstico de doença terminal definida como "incurável, irreversível e confirmada de forma médica" e que acabará com sua vida nos próximos seis meses. O projeto especifica que uma deficiência não é uma doença terminal.

"Serei eternamente agradecida ao governador Murphy e ao autor do projeto, John Burzichelli, por me darem a opção de morrer pacificamente, se decidir que preciso", afirmou Susan Boyce, que esteve no ato, e que tem uma doença pulmonar terminal.

Uma pesquisa feita em fevereiro deste ano pela Universidade Rutgers, em Nova Jersey, antes de o projeto ser aprovado na Câmara, mostrou que a maioria dos eleitores do estado (63%) apoiava a iniciativa, incluindo protestantes e católicos. EFE