Topo

Em nova cúpula, Grupo de Lima busca saída pacífica para crise venezuelana

15/04/2019 13h54

Santiago (Chile), 15 abr (EFE).- A XII Cúpula de Chanceleres do Grupo de Lima buscará nesta segunda-feira em Santiago, no Chile, discutir medidas concretas para solucionar a crise da Venezuela.

O chanceler do Chile, Roberto Ampuero, ressaltou que a situação venezuelana piorou, não só internamente, mas também devido ao número de pessoas que estão fugindo do país, agravando a crise migratória.

"A situação humanitária no país complicou por falta de alimentos e de remédios. Outro elemento que segue se agravando é a crise migratória, que tem um impacto fortíssimo sobre os países vizinhos da Venezuela", disse o anfitrião da cúpula.

Ampuero também denunciou a ofensiva contra o chefe da Assembleia Nacional da Venezuela, Juan Guaidó, que se autoproclamou presidente interino do país. Segundo o chanceler chileno, o assédio ao líder opositor e seus assessores aumentou desde então.

Perguntado se uma ação militar seria uma solução possível para a Venezuela, Ampuero disse que a política do Grupo de Lima é clara.

"Buscamos uma solução democrática, uma solução política não violenta para a tragédia", ressaltou o ministro.

O chanceler chileno ainda destacou que o Grupo de Lima conseguiu colocar a situação da Venezuela no centro das discussões da comunidade internacional e que continuará trabalhando na busca de convergências para restabelecer a democracia no país.

"Seguiremos estabelecendo vínculos e buscando convergências com outros atores da política internacional que também estão interessados no restabelecimento da democracia na Venezuela", concluiu Ampuero.

Participam da reunião os chanceleres de Argentina, Jorge Faurie, Canadá, Christya Freeland, Colômbia, Carlos Holmes Trujillo, Costa Rica, Manuel Ventura, e Peru, Néstor Popolizio. O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, também está no evento.

Panamá, Honduras, Equador, Guatemala, Guiana, Paraguai e Santa Lúcia enviaram vice-chanceleres ou embaixadores para a nova cúpula do Grupo de Lima. EFE