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Trem de Kim Jong-un cruza a fronteira com a Rússia para cúpula com Putin

23/04/2019 23h45

Seul, 24 abr (EFE).- O trem do líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, cruzou nesta quarta-feira (data local) a fronteira com a Rússia, rumo a cidade de Vladivostok, onde se reunirá com o presidente Vladimir Putin, segundo informações de veículos de imprensa russos.

O comboio de Kim cruzou o rio Tumen, que serve de fronteira entre os dois países, da cidade norte-coreana de Sonbong (nordeste) e chegou à cidade de Khasan, na Rússia, de acordo com versões de veículos de imprensa russos coletadas pela agência sul-coreana "Yonhap".

De lá, Kim viajará para Vladivostok, a cerca de 200 quilômetros da fronteira, onde realizará uma cúpula na quinta-feira com Putin, que deverá tratar o atual processo de desnuclearização.

Estava previsto, segundo a imprensa russa, que em Khasan seja realizada uma cerimônia de boas-vindas para Kim, antes que o trem siga seu percurso de várias horas até Vladivostok.

Supõe-se que a cúpula de quinta-feira será realizada na Universidade do Extremo Oriente da cidade, desde que a equipe do protocolo de Kim foi vista nos últimos dias no campus, onde bandeiras de ambos os países foram penduradas.

Trata-se de um enclave em uma ilha que permite estabelecer um perímetro de segurança rigoroso e o campus é de fato o local onde o próprio Putin costuma ficar quando visita a cidade portuária.

Após a cúpula, Putin planeja viajar para Pequim para participar nos dias 26 e 27 do fórum internacional da Nova Rota da Seda e acredita-se que Kim, na sexta-feira, pode visitar vários lugares em Vladivostok antes de retornar à Coreia do Norte.

Entre os lugares onde a equipe de Kim foi vista na última semana está a sede da frota russa do Pacífico, o teatro Mariinsky e o espetacular aquário Primorsky.

Esta será a primeira cúpula entre os dois países em oito anos e o diálogo deverá se concentrar, além da desnuclearização, em possíveis projetos de cooperação econômica que possam ajudar Pyongyang a lidar com as rigorosas sanções sofrida. EFE