Igreja Católica suspende missas no Sri Lanka até segundo aviso
Colombo, 26 abr (EFE).- As igrejas do Sri Lanka não vão realizar missas até segundo aviso, anunciou nesta sexta-feira o presidente da Conferência Episcopal nacional, o cardeal Albert Malcolm Ranjith, uma medida tomada após os atentados ocorridos no Domingo de Páscoa, nos quais 253 pessoas morreram e mais de 500 ficaram feridas.
"Suspendemos todas as nossas missas até segundo aviso", disse em entrevista coletiva o cardeal Ranjith, que também é arcebispo de Colombo, a capital do país.
Ao invés disso, as missas serão transmitidas pela emissora nacional de televisão para que os devotos possam participar dela em seus lares, informou o cardeal.
O máximo representante da Igreja Católica do Sri Lanka também expressou preocupação com "o trauma terrível" das vítimas, especialmente as que sofreram graves danos psicológicos por causa dos ataques e da perda de entes queridos.
"As pessoas estão muito traumatizadas, não estão sofrendo economicamente, estão sofrendo o impacto de terem perdido entes queridos", disse o cardeal.
"Por um lado, temos que ajudá-los a recuperar a força psicológica e espiritual e, por outro, ajudá-los a reconstruir suas vidas", disse Malcolm, informando também que a Igreja começou a recolher doações para ajudar os sobreviventes e reconstruir as igrejas.
"É uma situação muito triste para mim porque perdi parte da minha comunidade. Todos eles foram à igreja no domingo acreditando que voltariam para casa", lamentou o cardeal.
O primeiro-ministro do Sri Lanka, Ranil Wickremesinghe, escreveu em mensagem no Twitter que o governo está comprometido em reconstruir as igrejas, reativar a economia e tomar todas as medidas para prevenir o terrorismo, com apoio da comunidade internacional.
Os líderes religiosos se reuniram depois dos atentados para discutir os temores dos fiéis em relação a novos ataques e a reações violentas contra a comunidade muçulmana.
No Sri Lanka, os cristãos representam 7,4% da população, enquanto os budistas 70,2%, os hinduístas 12,6% e os muçulmanos 9,7%, segundo dados do censo de 2011. EFE
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.