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Surto de ebola na República Democrática do Congo já deixou 900 mortos

Profissionais de saúde usam equipamentos de proteção individual enquanto carregam o caixão de uma mulher congolesa morta por ebola - Baz Ratner/Reuters
Profissionais de saúde usam equipamentos de proteção individual enquanto carregam o caixão de uma mulher congolesa morta por ebola Imagem: Baz Ratner/Reuters

Em Kinshasa

27/04/2019 09h41

O surto de ebola em duas províncias do nordeste da República Democrática do Congo (RDC) já deixou 900 mortos em quase 1.400 casos registrados da doença, segundo os últimos dados divulgados neste sábado pelo Ministério da Saúde.

O ebola, cuja epidemia foi declarada no dia 1º de agosto do ano passado nas províncias de Kivu do Norte e Ituri, deixou 900 mortos (834 deles confirmados em laboratório) em 1.396 casos, segundo os últimos números do Ministério, que levam em conta dados coletados até a última quinta-feira.

Os casos da doença e as mortes comunitárias, ou seja, acontecidas fora de um centro de ebola, dispararam recentemente, com 100 mortes nos últimos 15 dias, sendo 10 somente ontem.

O controle deste surto, o mais mortífero da história da RDC, foi dificultado pela rejeição de algumas comunidades a receber tratamento e à insegurança na região, onde atuam vários grupos armados.

De fato, a Organização Mundial da Saúde (OMS) e ONGs como a Médicos Sem Fronteiras (MSF) foram forçadas a paralisar algumas atividades em áreas como Butembo (um dos principais focos ativos atuais), devido aos ataques contra suas instalações.

Desde 8 de agosto do ano passado, quando começaram as vacinações, mais de 105 mil pessoas foram inoculadas, a maioria nas cidades de Katwa, Beni, Butembo, Mabalako e Mandima, de acordo com o Ministério de Saúde.

O vírus do ebola é transmitido através do contato direto com o sangue e os fluidos corporais contaminados, provoca febre hemorrágica e sua taxa de mortalidade pode chegar a 90% se não for tratado a tempo.

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