EUA admitem que bombardearam forças de segurança afegãs por engano
Cabul, 18 mai (EFE).- As tropas dos Estados Unidos no Afeganistão reconheceram neste sábado que bombardearam por engano na última quinta-feira as forças de segurança afegãs quando tentavam proporcionar-lhes apoio aéreo durante um confronto com os talibãs na província de Helmand, no sul do país.
O bombardeio aconteceu a pedido das tropas afegãs, que travavam naquele momento uma batalha com os insurgentes na capital provincial, Lashkargah, segundo explicou o porta-voz das forças dos EUA no país, coronel Dave Butler, em comunicado enviado hoje à Agência Efe.
De acordo com essa versão, uma unidade de coordenação afegã lhes confirmou que a área estava livre de forças amigas.
"Infelizmente, não estava e resultou em um trágico acidente. Tanto membros das forças de segurança afegãs como combatentes talibãs morreram nos bombardeios", disse Butler, que não informou um balanço concreto de baixas.
O porta-voz disse ainda que estão investigando esta "má comunicação" para que não volte a acontecer no futuro.
O chefe do Conselho Provincial de Helmand, Attaullah Afghan, afirmou ontem à Efe que 17 policiais morreram e outros 14 ficaram feridos na intervenção aérea de quinta-feira, enquanto as autoridades centrais não confirmaram o número de vítimas nem as causas do incidente.
Nos últimos meses, Washington, que mantém sua presença no Afeganistão no marco da missão da OTAN de treinamento das tropas afegãs e em tarefas antiterroristas, e os insurgentes do mulá Hibatullah realizaram várias rodadas de negociação nos países do Golfo.
O Inspetor Especial Geral para a Reconstrução do Afeganistão (SIGAR), do Congresso dos Estados Unidos, deixou de divulgar dados sobre o controle territorial de cada uma das partes enfrentadas por decisão das tropas internacionais.
Em seu estudo anterior, publicado em janeiro deste ano, alertava que o controle do governo de Cabul tinha alcançado seu ponto mais baixo desde que o dado começou a ser contabilizado em 2015, com apenas 54% do território sob seu controle, 12% em poder dos insurgentes e o restante em disputa. EFE
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