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Líderes catalães presos apresentam credenciais na Câmara e no Senado em Madri

20/05/2019 11h02

Madri, 20 mai (EFE).- Os cinco líderes independentistas da Catalunha presos pela tentativa de separação da região autônoma da Espanha em 2017, e que foram eleitos nas eleições de abril, entregaram nesta segunda-feira as credenciais para tomarem posse de seus cargos na Câmara dos Deputados e no Senado e, em seguida, retornaram à prisão.

Eles fazem parte do grupo de 12 líderes separatistas que estão sendo julgados no Supremo Tribunal da Espanha desde fevereiro, apesar de estarem em prisão preventiva há mais de um ano e meio.

Os novos legisladores chegaram às sedes da Câmara e do Senado em viaturas policiais, as mesmas que os levaram de volta à penitenciária na periferia de Madri após o trâmite.

Oriol Junqueras se credenciou como deputado pelo partido ERC, enquanto Jordi Sánchez, Josep Rull e Jordi Turull entregaram a documentação correspondente para o mesmo cargo, mas pelo JxCat, e Raúl Romeva o fez como senador pelo ERC.

Durante todo o processo, eles estiveram acompanhados por policias à paisana, em uma grande operação.

Os cinco foram autorizados pelo Supremo a sair da prisão para entregar na Câmara e no Senado os documentos que os credenciam como legisladores eleitos no pleito de 28 de abril.

A autorização também libera a participação deles na primeira sessão plenária de formação das novas câmaras que acontece amanhã, mas os proíbe de falar com a imprensa.

Os cinco formalizarão suas condições como legisladores na abertura da sessão, mas existe a possibilidade de serem suspensos pela Câmara e pelo Senado enquanto o julgamento estiver em andamento no Supremo.

O Supremo Tribunal da Espanha julga os 12 acusados pelo processo de independência unilateral iniciado pelas autoridades regionais da Catalunha em setembro de 2017.

O Ministério Público solicita penas que variam de 7 a 25 anos de prisão pelos crimes de rebelião (com uso de violência), desvio de recursos públicos e desobediência, enquanto a Advocacia Geral do Estado pede entre 7 e 12 anos pelo crime de rebelião. EFE