Maduro celebra diálogo com oposição, mas alerta: "Não sou um inocentão"
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, classificou como positiva a primeira rodada de diálogo com a oposição para iniciar negociações para resolver a crise que abala o país, mas fez um alerta ao afirmar que não é um "inocentão".
"Realizamos a primeira rodada com mediação do governo da Noruega. Muito positiva, tenho que dizer, sou um homem que acredita na palavra como meio para superar as diferenças", afirmou Maduro.
Representantes do governo e do líder da oposição, Juan Guaidó, se reuniram em Oslo, na Noruega, para propor formas de negociar uma solução pacífica para a crise vivida pela Venezuela.
No entanto, após as conversas, Guaidó disse que o governo de Maduro está tão frágil que tenta manipular o diálogo com a oposição.
"Não nos deixemos enganar. Eles estão tão frágeis que quiseram nos manipular com um diálogo. Fomos por convite de um país amigo, que é a Noruega", disse Guaidó durante um evento com simpatizantes.
Como resposta, o presidente da Venezuela ressaltou que, apesar de topar conversar com seus opositores, não será enganados por eles.
"Agora, não creiam que eu sou um bobalhão, não se confundam que eu seja um inocentão. Acredito na paz, no diálogo, mas estou preparando o povo para defender a pátria", ressaltou Maduro.
"Sim ao diálogo, sim à paz. Não à violência, não ao golpe de Estado e não à invasão gringa", completou o líder chavista.
Em discurso para os simpatizantes, Maduro também pediu a proteção de Deus por considerar que seus opositores são "muito malvados".
"Sei com quem estamos falando. Estamos falando com o diabo. Que Deus nos ampare e nos proteja, mas se é com o próprio diabo que preciso falar pela tranquilidade e a prosperidade da Venezuela, vamos conversar com o diabo", disse Maduro.
O presidente da Venezuela ainda defendeu a abertura de caminhos constitucionais para que a oposição retorne à democracia.
"Vou me empenhar com toda minha dedicação para que a Venezuela tenha um acordo de paz com a oposição venezuelana, um acordo de concórdia e respeito, e para que eles voltem ao caminho constitucional", concluiu o líder chavista.
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