Manifestantes vão às ruas de Nova York protestar contra proibição do aborto
Nova York, 21 mai (EFE).- Centenas de pessoas foram às ruas de Nova York nesta terça-feira para criticar a proibição do aborto, medida que vem sendo aprovada em várias regiões dos Estados Unidos.
No estado do Alabama, por exemplo, está em vigor uma lei que proíbe o aborto em qualquer fase da gravidez. Mulheres que decidirem interromper a gestão podem pegar pena de até 99 anos de prisão.
Os manifestantes se concentraram na Foley Square, uma praça que fica perto dos principais tribunais da cidade e da Câmara Municipal de Nova York.
A legislação do Alabama foi uma das mais criticadas ao longo do protesto. Em cartazes, os manifestantes diziam que "uma gravidez forçada é escravidão" ou pediam uma maior regulação sobre a venda de armas, não sobre o "útero das mulheres".
Os manifestantes ganharam o apoio da primeira-dama de Nova York, Chirlane McCray, que afirmou que a luta contra a proibição do aborto vai além do Alabama ou da Geórgia, outro estado com leis similares.
"Essas proibições estão fora de controle. Essa luta é sobre você, sobre mim e todas nós, mulheres trabalhadoras, mulheres de cor, imigrantes, transgêneros e nossas famílias", afirmou.
"Esses políticos acham que não temos o poder de detê-los. Digo uma coisa a eles: somos mais da metade da população. Nós os trouxemos a esse mundo e podemos tirá-los. Provemos o que as mulheres podem fazer", completou a primeira-dama.
Milhares de pessoas se reuniram mais de 400 cidades dos EUA para defender o direito ao aborto hoje, em um protesto organizado para criticar uma onda de leis estaduais que visam forçar a Suprema Corte a rever a decisão de 1973 que legalizou a prática em todo o país.
A proibição ao aborto no Alabama, que não contém exceções, nem em casos de estupro ou incesto, desafia abertamente a decisão do caso "Roy versus Wade", tomada pela Suprema Corte há 46 anos.
Missouri será o próximo estado do país a se unir à corrente antiabortista, seguindo os passos de Kentucky, Mississipi, Ohio, Iowa, Dakota do Norte e Geórgia, que proíbem a interrupção da gravidez assim que a batida do coração do feto possa ser ouvida, o que ocorre normalmente na sexta semana de gestação. EFE
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