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Raúl Castro e Díaz-Canel reiteram a chanceler venezuelano apoio a Maduro

21/05/2019 14h28

Havana, 21 mai (EFE).- O líder do Partido Comunista de Cuba (PCC, único legalizado), Raúl Castro, e o presidente cubano, Miguel Díaz-Canel, se reuniram com o ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Jorge Arreaza, a quem reiteraram o apoio ao líder do país sul-americano, Nicolás Maduro, informa nesta terça-feira a imprensa oficial.

Castro e Díaz-Canel receberam Arreaza na noite de segunda-feira, mesmo dia em que chegou a Havana para participar do 18º Conselho Político da Aliança Bolivariana para os Povos da América (Alba), onde um dos temas centrais será justamente a situação na Venezuela.

Um comunicado divulgado hoje pelo jornal estatal "Granma" indica que os dirigentes cubanos e o chefe da diplomacia venezuelana, "em um ambiente fraternal, destacaram os sólidos vínculos que unem Cuba e Venezuela e conversaram sobre temas das agendas regional e internacional".

"Raúl e Díaz-Canel reiteraram o apoio ao presidente constitucional Nicolás Maduro Moros e à união cívico-militar do povo venezuelano", segundo a publicação, que informou que Arreaza agradeceu a "permanente solidariedade" do povo cubano.

Também estiveram presentes na reunião o ministro de Relações Exteriores cubano, Bruno Rodríguez, e o recém-empossado embaixador da Venezuela em Cuba, Adán Chávez, irmão do ex-presidente Hugo Chávez, que morreu em 2013.

A Venezuela é o principal aliado político e econômico de Cuba, cujo governo rejeitou o reconhecimento feito por cerca de 50 países da comunidade internacional ao líder da Assembleia da Venezuela, Juan Guaidó, como presidente interino.

Os dois países mantêm desde 2001 um amplo convênio de cooperação pelo qual Cuba recebe petróleo a preços subsidiados em troca do envio à Venezuela de serviços profissionais, principalmente nos campos da saúde e da educação.

Nos últimos meses, os Estados Unidos aumentaram a pressão e as sanções a Cuba, país que o governo americano acusa de sustentar e apoiar o governo de Maduro nos quesitos de segurança e de inteligência, algo que as autoridades cubanas negam.

Para os Estados Unidos, os profissionais cubanos que prestam serviço ao governo da Venezuela - cerca de 20 mil - são na maioria agentes secretos, enquanto Cuba defende que se trata de profissionais que fazem um trabalho solidário, especialmente nas áreas de saúde e educação. EFE