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Irlanda tem dia de eleições locais, europeias e referendo sobre divórcio

24/05/2019 05h05

(Corrige segundo parágrafo).

Dublin, 24 mai (EFE).- Os colégios eleitorais da República da Irlanda abriram nesta sexta-feira para que os eleitores participem das eleições europeias e locais, assim como em um referendo convocado pelo governo para suavizar a atual lei do divórcio.

As votações tiveram início às 7h (horário local, 3h de Brasília) e chegarão ao fim às 22h (horário local, 18h de Brasília) e os resultados do pleito local e do plebiscito devem ser divulgados na tarde de sábado, enquanto que o das eleições europeias não serão conhecidos até o próximo domingo, quando termina a participação do restante dos países do bloco comunitário.

Mais de três milhões de pessoas são chamados às urnas na Irlanda, onde a campanha para as eleições ao Parlamento de Estrasburgo foi marcada pelo espírito europeu de partidos nacionais em resposta à saída do vizinho Reino Unido da União Europeia (UE).

Como consequência do "brexit", a Irlanda terá 13 cadeiras na próxima Eurocâmara, duas mais que até agora, embora os novos deputados não poderão ocupar seus assentos até que Londres e Bruxelas concluam seu divórcio, previsto para o dia 31 de outubro.

Sobre as eleições locais, os irlandeses elegerão 949 membros que compõem os 31 conselhos municipais deste país, divididos, por sua vez, em 166 áreas eleitorais.

As últimas pesquisas indicam que o governante partido Fine Gael do primeiro-ministro, o democrata-cristão Leo Varadkar, tem um apoio geral para ambas eleições em torno de 28%, enquanto o do principal líder da oposição, o centrista Fianna Fail, está em 25%, se bem que outras pesquisas apontam um empate entre os dois.

Eles são seguidos pelo nacionalista esquerdista Sinn Fein - ex-braço político do já inativo Exército Republicano Irlandês (IRA) - com apoio variando de 13% a 19%, e o Partido Verde, que receberia entre 5% e 7% de votos, depois uma campanha na qual também sobressaiu a questão da mudança climática.

A distribuição final de lugares nas administrações locais e em Estrasburgo dependerá em grande parte da transferência de votos entre candidatos, como permite o complexo sistema eleitoral irlandês.

Embora não haja pesquisas sobre o referendo sobre divórcio, tudo indica que a proposta do governo está sendo aprovada pela maioria do eleitorado.

O Executivo convocou esta consulta para tratar de uma reforma da legislação vigente, em vigor por 24 anos, que estabelece que o término oficial de um casamento só é concedido quando os cônjuges viverem separados por quatro dos cinco anos anteriores.

Por enquanto, aqueles que querem se divorciar devem primeiro solicitar permissão legal e depois retornar a um tribunal para provar que eles viveram separados pelo período de tempo estabelecido.

Em caso de vitória do "sim", o governo poderia reduzir essa fase de espera para dois anos. EFE