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Partido Popular Europeu perde espaço, mas vence eleições para a Eurocâmara

26/05/2019 19h49

Bruxelas, 26 mai (EFE).- O Partido Popular Europeu (PPE) venceu neste domingo as eleições para a Eurocâmara e se manterá como primeira força do parlamento com 178 cadeiras.

Resultados provisórios divulgados pela Eurocâmara mostram, no entanto, que o principal partido do legislativo comunitário perderá 38 representantes em relação aos resultados de 2014.

A Aliança Progressista dos Socialistas e Democratas Europeus (S&D) seguirá como segunda principal coalizão no parlamento, com 152 eurodeputados, 33 a menos do que a última legislatura, um revés tão grande quanto o do PPE, ampliando a fragmentação da Eurocâmara.

Os dois principais beneficiados com o recuo das duas bancadas mais tradicionais da Eurocâmara são a Aliança dos Democratas e Liberais pela Europa (ALDE), que ganhou 39 cadeiras e agora terá 108 representantes, e o Grupo dos Verdes, agora quarta força do parlamento, com 67 deputados, 15 a mais do que em 2014.

Quem também aproveitou da maior fragmentação para crescer na Eurocâmara foi o Grupo da Europa das Nações e da Liberdade (ENF), do qual fazem parte a Liga Norte e o Reunião Nacional, partidos de extrema direita de Itália e França, respectivamente. A coalizão terá 55 eurodeputados, 19 a mais do que possuía até então.

Já a Europa da Liberdade e da Democracia Direta (EFDD) se beneficiou da possível vitória do Partido do Brexit, do populista Nigel Farage, no Reino Unido. O grupo ganhou 11 representantes em relação à última legislatura e terá 53 cadeiras na Eurocâmara.

Por outro lado, o principal derrotado do pleito são os Reformistas e Conservadores Europeus (ERC), grupo do qual faz parte o Partido Conservador do Reino Unido, da ex-primeira-ministra Theresa May. A coalizão terá 61 cadeiras na nova composição da Eurocâmara, perdendo 16 representantes na comparação com 2014.

Os resultados provisórios divulgados oficialmente pelo órgão também mostram um recuo da Esquerda Unitária Europeia, que tinha 52 eurodeputados e passará a ter 39, uma queda de 13.

Os não inscritos, políticos que não são filiados a nenhuma das coalizões políticas europeias, tem até o momento sete eurodeputados.

Completa a nova legislatura europeia o grupo dos Outros, que conquistou 31 cadeiras e reúne representantes de partidos que entrarão pela primeira vez na Eurocâmara, como o Vox, legenda de extrema direita da Espanha

O comparecimento dos eleitores às urnas subiu para 50,5%, contra 42,6% do pleito europeu de 2014, e é o maior registrado desde 1994, quando a participação chegou a 56,67%. EFE