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Ex-presidente egípcio Mohammed Mursi morre durante audiência no tribunal

17/06/2019 13h58

Cairo, 17 jun (EFE).- O ex-presidente do Egito, Mohammed Mursi, que governou o país entre 2012 e 2013 antes de ser derrubado pelo exército em um golpe de Estado não sangrento, morreu nesta segunda-feira durante uma audiência de seu julgamento por espionagem, segundo informou a emissora de televisão estatal egípcia.

A emissora publica afirmou que o ex-presidente islamita, que estava detido desde 3 de julho de 2013, passou mal e desmaiou no tribunal onde era julgado por acusações de espionagem a favor do Catar.

A rede estatal acrescentou que o corpo de Mursi "foi transferido ao hospital, onde foram tomadas as medidas necessárias", sem detalhar para qual centro hospitalar foi levado.

O julgamento estava acontecendo na Academia da Polícia do Cairo, para onde Mursi costumava ser levado em helicóptero da prisão de Borg al Arab, situada ao oeste da cidade mediterrânea de Alexandria.

O dirigente do grupo Irmandade Muçulmana tinha 67 anos e sua saúde tinha se deteriorado nos últimos seis anos, nos quais permaneceu a maior parte do tempo nesse centro penitenciário.

Sua família e organizações de direitos humanos denunciaram que o ex-presidente era mantido em regime de isolamento e era proibido de receber visitas.

Nesse sentido, a Anistia Internacional denunciou no último mês de fevereiro que Mursi só tinha recebido três visitas desde que foi detido após o golpe de Estado contra seu governo que foi liderado pelo atual presidente, Abdul Fatah al Sisi, naquela época ministro da Defesa.

Mursi tinha chegado ao poder em junho de 2012, após ganhar as primeiras eleições presidenciais realizadas no Egito depois da revolução de 2011, que acabou com o mandato de 30 anos do ditador Hosni Mubarak. EFE