Trump anuncia que Patrick Shanahan desistiu do cargo de secretário de Defesa

Washington, 18 jun (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta terça-feira que o secretário de Defesa interino, Patrick Shanahan, decidiu retirar sua candidatura para ocupar o cargo de forma permanente, alegando motivos pessoais.

"O secretário de Defesa interino, Patrick Shanahan, que realizou um trabalho maravilhoso, decidiu não submeter-se ao processo de confirmação para poder dedicar seu tempo à família", afirmou Trump em mensagem divulgada na sua conta do Twitter.

Há apenas uma semana, diversos meios de comunicação locais informaram que o governante tinha dúvidas sobre a confirmação de Shanahan, que esteve à frente do Pentágono desde janeiro, uma afirmação que foi desmentida pelo próprio Trump.

O jornal "The Washington Post" assegurou minutos depois do surpreendente anúncio que a decisão de Shanahan, que caso tivesse mantido sua candidatura teria que submeter-se a um processo de confirmação no Senado, se deve ao seu desejo de evitar que certos incidentes domésticos sejam revelados.

Em um segundo tweet, Trump declarou que sua intenção agora é nomear para o cargo o atual secretário do Exército de Terra, Mark Esper, um civil com ampla experiência no setor privado que se graduou na Academia Militar de West Point em 1986 e serviu no Corpo de Infantaria.

"Quero agradecer a Pat pelo seu excelente serviço e nomearei o secretário do Exército de Terra, Mark Esper, como novo secretário de Defesa interino. Conheço Mark e não tenho dúvida que realizará um trabalho fantástico!", concluiu o presidente.

Shanahan se incorporou ao Pentágono em julho de 2017 como segundo em comando do então secretário de Defesa, o general James Mattis, que apresentou sua renúncia em dezembro do ano passado devido às suas desavenças com Trump, que atingiram seu limite quando este anunciou de surpresa a retirada das tropas americanas na Síria.

Após quase seis meses ocupando o posto, Shanahan se tornou o secretário de Defesa interino mais longevo da história do país. EFE