Felipe VI defende convivência e democracia em seu 5º ano como rei da Espanha
Madri, 19 jun (EFE).- No quinto aniversário de sua proclamação como rei da Espanha, Felipe VI condecorou nesta quarta-feira 41 cidadãos que representam a vitalidade da sociedade e são exemplos de "convivência", segundo disse, além de reafirmar sua confiança plena em um "destino coletivo em democracia e liberdade".
O chefe do Estado espanhol presidiu o ato de imposição da Ordem do Mérito Civil no Palácio Real de Madri, acompanhado da rainha Letizia, da princesa Leonor - herdeira do trono - e da infanta Sofia.
Também estavam presentes o presidente do governo, o socialista Pedro Sánchez, e o ministro das Relações Exteriores, Josep Borrell.
Desta forma, o rei, sua esposa e suas duas filhas lembraram o quinto ano do reinado cercados de pessoas que representam a sociedade e a vida diária da Espanha.
O condecorados são 19 mulheres e 22 homens com idades entre 19 e 107 anos de várias atividades profissionais, como professor, voluntário de ONG, empresário, engenheiro, operário, pesquisador, médico, arquiteto, pescador, diretor de orquestra, uma religiosa missionária no Haiti e uma dona de casa.
Estas pessoas são as que mostram esse "caminho da convivência", ressaltou o monarca, que não fez referência explícita em nenhum momento a assuntos concretos que podem afetá-lo, como as tensões independentistas na região da Catalunha.
O desafio da defesa da soberania catalã em 2017 foi o principal problema que Felipe VI teve que enfrentar nestes cinco anos de reinado.
Como chefe do Estado, saiu em defesa da Constituição e da união da Espanha em um discurso dois dias depois do referendo de "autodeterminação", convocado pelas autoridades independentistas catalãs em outubro de 2017.
Felipe VI assumiu a coroa após a abdicação de seu pai, Juan Carlos, no início de junho de 2014, um fato inédito na história contemporânea da Espanha, que surpreendeu todo o país.
Hoje o rei reiterou a vocação integradora da Coroa, sua independência e neutralidade, assim como sua promessa de exemplaridade, dignidade, integridade e capacidade de sacrifício e entrega sem reservas à Espanha que jurou no dia da sua proclamação no parlamento, em 19 de junho de 2014.
Esse serviço a todos os espanhóis, afirmou, é o que desde o primeiro momento guiou todas as suas atuações como chefe do Estado e uma responsabilidade que, ressaltou, vai unida "a uma confiança plena no nosso destino coletivo (dos espanhóis) em democracia e liberdade".
O rei pediu aos cidadãos que tenham esperança, orgulho e determinação, com a confiança que dá aos espanhóis vontade de viver em harmonia e de continuar dando passos em direção a um futuro de maior bem-estar e progresso.
Felipe VI afirmou que os condecorados demonstram que a Espanha é um grande país, capaz de superar as adversidades, avançar e progredir. "Um país generoso - disse - cheio de vitalidade e comprometido com os valores democráticos que, por tudo isso, não deve temer o futuro".
O monarca acrescentou que a Espanha é uma nação de pessoas solidárias e comprometidas com o destino de seus semelhantes, generosa, aberta e com grande importância na comunidade internacional.
"Somos um país que abraça o mundo, que se responsabiliza com a humanidade, que deseja paz e harmonia e que trabalha em todos os fóruns internacionais", completou.
No final, o rei parabenizou todos os condecorados após entregar pessoalmente as honrarias, e ressaltou que estes deram mostras de um compromisso excepcional com toda a sociedade e que são a expressão dos melhores valores humanos e um orgulho para a Espanha. EFE
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