Manifestantes pedem que Lam retire lei de extradição ou terão novos protestos
Hong Kong, 20 jun (EFE).- Diversos representantes dos movimentos de oposição de Hong Kong apoiaram, nesta quinta-feira, um ultimato à chefe do governo local, Carrie Lam, para que retire definitivamente o projeto de lei de extradição ou se prepare para enfrentar novos protestos como os que aconteceram nas últimas semanas.
O jornal de oposição pró-democracia "Apple Daily" pediu hoje novos protestos a partir de amanhã, em caso que Carrie não aceite suas reivindicações antes das 17h (hora local) desta quinta, uma chamada que está sendo amplamente seguida nas redes sociais.
O líder estudantil de Hong Kong, Joshua Wong, explicou em declarações à Agência Efe que eles não definiram esse ultimato, mas assegurou que eles o apoiam.
"Nós não definimos um prazo, mas sim apoiaremos o que outros façam, mas este movimento não tem um líder atualmente", disse o jovem ativista, perguntado por essa convocação, que foi apoiada favoravelmente por vários opositores.
Wong previu que nas próximas duas semanas "se espera muito movimento" com relação a novos protestos para exigir que o projeto seja completamente retirado, a renúncia de Lam e a libertação dos detidos.
"Carrie Lam tem que começar a ouvir as pessoas e não os líderes políticos", enfatizou.
Por sua parte, o porta-voz da Frente de Direitos Civis, Bonnie Leung, disse à Efe que "há muitas ações iniciadas por diferentes grupos e indivíduos na sociedade civil" e acrescentou que sua organização - que convocou as manifestações até agora - "está disposto a segui-los".
"Mas, como sempre enfatizamos, a Frente quer garantir que todos os participantes tenham segurança física e legal durante qualquer ação", precisou.
O ultimato, que pede para cercar amanhã a sede do governo e a participação de atos de desobediência civil se as exigências não forem atendidas, foi apoiado por associações de estudantes universitários e deputados pró-democracia. EFE
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