Quatro acusados das mortes de 71 refugiados são condenados à prisão perpétua
Budapeste, 20 jun (EFE).- Um tribunal da Hungria condenou nesta quinta-feira, em segunda e última instância, a prisão perpétua os quatro líderes da rede de traficantes responsáveis pela morte de 71 refugiados, encontrados asfixiados em um caminhão frigorífico abandonado na Áustria em 2015.
De acordo com a agência húngara "MTI", o Tribunal de Szeged, no sul do país, também decretou sentenças de pelo menos quatro anos de prisão por mais dez acusados deste crime.
A decisão judicial de segunda instância, que não tem direito a recurso, é mais severa do que a primeira sentença de 25 anos de prisão para cada um dos líderes, acusados do crime de homicídio com especial crueldade e tráfico humano com o agravante de filiação a uma organização criminosa.
A três dos condenados à prisão perpétua foram negados a possibilidade de liberdade condicional.
A rede de traficantes de seres humanos consistia em 12 búlgaros e dois afegãos, supostamente ligados a redes na Grécia e Turquia.
O processo judicial ocorreu na Hungria porque as investigações esclareceram que os refugiados, que estavam viajando em um caminhão para a Europa Ocidental, morreram enquanto ainda estavam em território húngaro. EFE
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