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Xi afirma que ajudará Pyongyang a enfrentar preocupações sobre segurança

20/06/2019 11h18

Seul, 20 jun (EFE).- O presidente da China, Xi Jinping, disse nesta quinta-feira na cúpula realizada em Pyongyang com o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, que ajudará o regime a abordar suas preocupações em matéria de segurança, dando a entender que tentará impulsionar um acordo de paz na região.

As palavras de Xi, transmitidas pela emissora de televisão chinesa "CCTV", representam um respaldo para o regime norte-coreano em um momento no qual o diálogo sobre desnuclearização com os Estados Unidos está atolado desde a cúpula de Hanói em fevereiro.

A assinatura de um tratado de paz que encerre definitivamente a Guerra da Coreia (1950-1953), paralisada apenas com um cessar-fogo, é uma das principais reivindicações de Pyongyang, que considera que um acordo ajudaria a evitar um hipotético ataque americano.

Durante a cúpula, Xi ressaltou também seu compromisso de exercer um papel ativo a fim de conseguir a desnuclearização da península coreana.

Por sua vez, Kim disse que seus esforços para diminuir a tensão não tiveram resposta dos Estados Unidos, mas afirmou também que se manterá paciente e que deseja uma solução, segundo a "CCTV", que reproduziu todas as declarações dos dois líderes de forma indireta.

A viagem de Xi, de dois dias de duração e a primeira à Coreia do Norte desde que chegou ao poder em 2013, aconteceu uma semana antes de seu encontro previsto com o presidente dos EUA, Donald Trump, na Cúpula do G20 de Osaka (Japão), razão pela qual acredita-se que esta reunião com Kim poderia ajudar a impulsionar o diálogo paralisado.

Na reunião de Hanói, Pyongyang advogou por uma desnuclearização gradual acompanhada da progressiva suspensão de sanções, enquanto Washington disse que não relaxaria sanção alguma até que o regime não tivesse eliminado seus programas nucleares, de mísseis e de armas químicas e biológicas.

Desde então, Washington insistiu que não modificará sua postura e o regime endureceu sua retórica e inclusive realizou dois testes de mísseis. EFE