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Colômbia expressa preocupação por nova incursão de militares venezuelanos

25/06/2019 13h19

Bogotá, 25 jun (EFE).- O governo da Colômbia expressou nesta terça-feira à comunidade internacional sua preocupação com uma violação do seu território por parte de militares venezuelanos ocorrida no último sábado no departamento de Guainía.

"O Ministério das Relações Exteriores, em nome do governo da República da Colômbia, traz ao conhecimento da comunidade internacional sua preocupação com a reincidência deste tipo de provocações, geradas pelo regime ilegítimo de Nicolás Maduro, que afetam as comunidades da fronteira", disse a chancelaria em comunicado.

Colômbia e Venezuela, que compartilham uma fronteira terrestre de 2.219 quilômetros, não têm relações diplomáticas desde 23 de fevereiro deste ano, quando o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, anunciou a ruptura após a tentativa de envio de ajuda humanitária liderada pelo chefe do parlamento, Juan Guaidó, reconhecido como governante "interino" por mais de 50 países.

A informação detalha que "os fatos ocorreram depois das 9h (horário local, 11h em Brasília) de 22 de junho, enquanto os moradores locais navegavam pelo rio Negro, que serve de limite entre os dois países, na altura do setor de La Guadalupe".

Os moradores identificaram os militares como "pertencentes às Forças Armadas Bolivarianas e os intimidaram atirando para o alto. Confrontados pela comunidade, foram obrigados a se retirar".

As denúncias dos ocupantes da embarcação foram recebidas por membros da Marinha da Colômbia e "incluem testemunhos e vídeos gravados pelos afetados".

A chancelaria colombiana especificou que as forças militares do país "estão prontas para defender a soberania nacional e os cidadãos que vivem na fronteira, mantendo sempre a devida prudência diante destas claras e reiteradas incitações, que só pretendem gerar resposta para colocar a Colômbia como país agressor".

Em reiteradas oportunidades, a Colômbia acusou a Venezuela de violar a soberania colombiana com o envio de militares, principalmente nos departamentos de La Guajira, Arauca e Norte de Santander. EFE