Gilmar Mendes propõe sultura de Lula, e STF julga habeas corpus hoje
Brasília, 25 jun (EFE).- O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), propôs nesta terça-feira que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva aguarde em liberdade até que seja definido se o julgamento em que foi condenado pelo ex-juiz Sérgio Moro teve a imparcialidade exigida pelo Estado de Direito.
A proposta foi apresentada por Gilmar à Segunda Turma da corte, que embora a princípio a tivesse retirado da pauta, decidiu julgar hoje dois pedidos de 'habeas corpus' apresentados pela defesa do ex-presidente, que foi condenado por corrupção e lavagem de dinheiro e está preso desde abril de 2017.
As dúvidas sobre a forma como foi realizado o julgamento de Lula pelo agora ministro da Justiça aumentaram nas últimas semanas, depois que o site "The Intercept Brasil" divulgou mensagens que recebeu de uma fonte desconhecida e que são atribuídas a Moro e o procurador da República Deltan Dallagnol. Eles falavam sobre investigações da Lava-Jato, incluindo o processo que levou à prisão de Lula, por meio do aplicativo Telegram.
Um dos pedidos de 'habeas corpus' a favor do ex-presidente que serão julgados hoje foi apresentado no fim do ano passado, e dois dos cinco magistrados da Segunda Turma, Cármen Lucia e Edson Fachin, já se pronunciaram contra.
Entre os que ainda não tinham se manifestado está o próprio Gilmar Mendes, que em dezembro do ano passado pediu mais tempo para fazer sua análise do caso. Agora, com a audiência retomada, o ministro propôs que, diante das dúvidas sobre a parcialidade de Moro, Lula deveria ser beneficiado por um 'habeas corpus'.
Também será apreciado outro recurso apresentado anteriormente pelos advogados de Lula, no qual se dizia que a imparcialidade de Moro estava comprometida pelo fato de que ele foi nomeado ministro da Justiça pelo hoje presidente Jair Bolsonaro. EFE
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